APOIO VEIO DO... RIVAL
Bouhaddouz repete feito de... Petit mas recebeu mensagem animadora do iraniano Ghoochannejhad
Aziz Bouhaddouz ficou ligado à derrota de Marrocos, depois de ter feito uma autogolo já em tempo de compensação. Habituado a acertar na baliza correta, este avançado tornou-se profissional depois de vários anos de luta nos campeonatos amadores da Alemanha, país para onde se mudou com apenas um ano. “A minha vida nunca foi fácil. Quando tinha 18 anos, trabalhava num restaurante de hambúrgueres”, recordou Bouhaddouz. Até que o B. Leverkusen o descobriu nos relvados secundários alemães e apostou nele para a equipa B; atualmente representa o St. Pauli. Fora de campo, as tragédias sucede- ram-se: perdeu o pai aos 11 anos e a mãe pouco tempo depois. Voltando ao plano desportivo, o autogolo deixou Bouhaddouz abatido. “Senti-me um idiota”, confessou. O apoio veio de todos os lados, até de onde menos se esperava. Reza Ghoochannejhad, jogador do Irão, deixou uma mensagem ao colega de profissão nas redes sociais. “Bouhaddouz , não te conheço pessoalmente mas, na vida, às vezes ganhamos, outras vezes perdemos. Não permitas que este autogolo te deixe abaixo. Somos todos profissionais e isto faz parte do futebol. Estou muito feliz e orgulhoso da minha equipa e do meu país, mas queria desejar-te o melhor”, escreveu o iraniano. Seja como for, o avançado de Marrocos entrou na história dos Mundiais, mas pela negativa, reservando um lugar onde já estava… um português. Desde Petit, no Mundial’2006, que um substituto não fazia um autogolo. *