CLUBES PORTUGUESES JÁ CONHECEM HERÓIS
Azmoun impressionou o Benfica, mas há outros jogadores que despertam interesse no nosso país
O Irão escreveu mais um capítulo de história em Campeonatos do Mundo. Na sua quinta participação, os asiáticos conseguiram a segunda vitória na prova. Depois do Mundial’1994, contra os Estados Unidos, novo triunfo em 2018, frente a Marrocos. Numa seleção com forte toque português (ver peça), destaque ainda para Amir, guarda-redes que alinha no Marítimo – não saiu do banco contra os marroquinos. Mas, a verdade, é que Record descobriu que alguns dos iranianos que estão nos convocados de Carlos Queiroz podiam estar a jogar no nosso país. Comecemos por Azmoun, um dos futebolistas mais reputados. Há 3 anos, num estágio realizado em Portugal, marcou um grande golo ao Benfica, de tal forma que os
AINDA EXISTE DESCONFIANÇA EM RELAÇÃO AO JOGADOR IRANIANO, PRINCIPALMENTE NO QUE TOCA À QUESTÃO CULTURAL
encarnados ficaram impressionados. Ficou referenciado, mas o negócio nunca avançou. Atualmente, representa o Rubin Kazan (Rússia). Os defesas Rezaeian e Mohammadi, os médios Amiri e Torabi e o avançado Taremi, também fazem parte dos relatórios de clubes portugueses, não só de Benfica, Sporting e FC Porto, mas também de Sp. Braga, Marítimo – que resolveu apostar em Amir - e ainda V. Guimarães.
Questão cultural influencia
Normalmente, estes jogadores não são demasiado caros mas, quando alinham nos principais clubes do Irão, como o Persepolis ou o Esteghlal Tehran, têm salários já mais complicados de igualar. Aliás, alguns até ficam a perder dinheiro com a mudança para a Europa, privilegiando a vertente desportiva e a exigência de cam- peonatos de nível superior. Por uma ou outra razões, os futebolistas referidos, e outros, acabaram por nunca consumar a transferência para Portugal.
Isto porque ainda existe a desconfiança em relação ao jogador iraniano, nomeadamente no que diz respeito à questão cultural – nem todos sabem falar inglês, o que pode dificultar a adaptação. E, claro, Portugal sempre apostou mais noutros mercados, maioritariamente o sul-americano. *