UM FILME DE TERROR PARA MESSI E RONALDO
Halldórsson faz películas de cinema e, nas ‘horas vagas’, fecha a baliza aos dois melhores do Mundo
Halldórsson concebeu anteontem mais um filme de terror, tendo escolhido Messi como vítima das suas maldades. Leo desferiu 11 remates, um deles na tentativa de conversão de um penálti, mas não conseguiu desfeitear o guarda-redes da Islândia, que travou (1-1) a Argentina em Moscovo. Uma película idêntica à que realizara a 14 de junho de 2016, então em pleno Europeu. O mártir escolhido nesse dia foi Cristiano Ronaldo. CR7 também disparou 11 vezes, todas elas sem sucesso, tendo a Islândia parado (1-1) Portugal em SaintÉtienne.
A alusão à 7ª Arte está longe de ser inocente, pois Halldórsson também é realizador de cinema. É dele, por exemplo, o ‘trailer’ oficial da Islândia para o Mundial’2018, intitulado ‘Saman’ [Juntos] e patrocinado por uma marca de refrigerantes. Igualmente dele é o videoclipe da ‘Never Forget’, a canção que representou a Islândia no festival da Eurovisão em 2012. Como dele é o documentário protagonizado por Eidur Gudjohnsen e denominado ‘Nossos Jogadores’. “Passei a juventude a fazer pequenos filmes. Ganhei esse gosto aos 12 anos e nunca mais parei. Aos 20 já só me dedicava a isso”, conta Halldórsson.
A mão esteve... por um triz
Uma paixão que quase o afasta em definitivo do futebol em 2004, ou seja, quando tinha precisamente 20 anos. Ao tentar encontrar o melhor ângulo para gravar uma cena, Halldórsson cai de um barranco e corta um dedo da mão esquerda. “Até se via o osso e os tendões”, refere o guardião, conhecido também pelas inúmeras vezes que deslocou os ombros a fazer snowboard, modalidade que adora e pratica desde a adolescência.
Quase desiste do futebol precisamente por passar demasiado tempo a recuperar dos trambolhões na neve. O pai convence-o a não atirar a toalha! Prossegue a carreira mas só em 2014, já com 30 anos, se torna profissional de futebol, assinando pelo Sandnes Ulf e suspendendo temporariamente a ligação à 7ª Arte. “Era esgotante conciliar as duas coisas, uma loucura!”, anota Halldórsson, eleito anteontem o MVP do jogo com a Argentina: “Como parei o penálti de Messi? Estudei-o muito, tentei entrar na cabeça dele.” Tão simples quanto isto! *