Foi convidado a ficar em Vila do Conde para jogar na Liga Europa, mas não resistiu à tentação f Dhafra, dos Emirados Árabes Unidos, e encara a emigração como o concretizar de um desejo há O avançado não é o único a deixar o Rio Ave, que depois de uma époc
Como será o Rio Ave na Liga Europa agora que muitos dos jogadores que conseguiram esse apuramento estão de saída? GUEDES – Esta cisão é um bocadinho o preço do sucesso porque se mais de metade do esqueleto vai embora também é muito devido ao que demonstrou ser capaz de fazer. Acho que o sentido é o da inovação, criar um espírito novo. O Rio Ave é um clube bem estruturado. Têm uma boa base de trabalho e acredito que se vão reforçar com qualidade. Quando lá cheguei a estrutura já estava montada. Nesta nova época não me está a parecer que isso vá acontecer, mas vão tentar desenhar um grupo para projetar o futuro com serenidade.
O compromisso europeu é uma
“O FUTEBOL TAMBÉM É RENOVAÇÃO, MAS BATEMOS O RECORDE DE PONTOS E O NOVO RIO VAI AVE PRECISAR DE TEMPO”
exigência para a estrutura ter em linha de conta?
G – São bons profissionais e têm muita experiência. Sabem o que é preciso para o futuro ser risonho. O Rio Ave tem raízes muito profundas na 1ª Liga e o futebol também é muito sobre renovação. Não sei se terão o sucesso que alcançámos nestes últimos anos, mas a ideia principal é criar um balneário novo. Pensar a médio prazo pode ter consequências, até porque acabámos de bater o recorde de pontos da história do clube e não é fácil criar essa dinâmica, pelo que o novo Rio Ave vai precisar de tempo.
Porque é que a corrida pela Liga Europa não foi assumida desde o início?
G – Porque no futebol tudo pode acontecer e é preciso atingir determinados parâmetros antes dessa fasquia, mas foi uma meta estabelecida de acordo com o potencial do grupo. O Rio Ave já está acima da maioria dos clubes porque costuma lutar por essa ambição. Por vezes não se assume publicamente, mas lá dentro só pensamos nisso. Se não atingíssemos não seria desilusão, mas olhávamos para o nosso potencial e não faltava qualidade. Para nós essa corrida era um dado adquirido.
Esta foi a melhor época da sua carreira?
G – Foi muito positiva. Fiz golos, assistências e estive em muitos jogos, mas o desempenho do coletivo é o que determina isso. O Rio Ave bateu o recorde de pontos, apurou-se para a Liga Europa e isso tem peso brutal na imagem que fica.
Foi abordado para fazer parte desta reestruturação?
G - Fui convidado a renovar e, como estava em final de contrato, também tive abordagens de outros clubes portugueses. Ouvi todos. Por respeito era o mínimo que podia fazer. Ouvi, pensei bem e decidi que estava na altura de arriscar outra coisa.
Porquê?
G – Em Portugal só trocava o Rio Ave por um clube com aspirações superiores, mas chega uma fase da carreira em que tens de saber o que queres e já há muito que alimentava a ideia de ter uma experiência no estrangeiro. Sair da minha zona de conforto e conhecer uma realidade distinta. Obviamente a idade e a
“QUERIA SAIR DA MINHA ZONA DE CONFORTO, MAS OBVIAMENTE A IDADE E O DINHEIRO TAMBÉM TIVERAM PESO”
questão financeira também tiveram peso e fui à procura de juntar o útil ao agradável.
Teve em consideração o choque cultural e até as diferenças a nível