Record (Portugal)

MINORIA RUIDOSA IMPÕE LEI DO DECIBEL

- NUNO POMBO E RICARDO GRANADA

Opositores a Bruno de Carvalho sentiram dificuldad­es em exercer o seu direito à opinião

Antes de Bruno de Carvalho chegar ao pavilhão, os principais momentos de tensão foram provocados por apoiantes do presidente eleito em 2013. O primeiro surgiu logo na antecâmara da AG, quando Jaime Marta Soares, o principal visado pelos contestatá­rios, assomou à escadaria da Altice Arena e foi de pronto insultado. Na verdade, quer nas interven- grandes dificuldad­es em fazer-se ouvir. Um facto confirmado por diversos depoimento­s. “O ambiente lá dentro é uma vergonha. Em 20 sócios que falam, 19 são a favor de Bruno de Carvalho. Um senhor falou contra, houve assobios, impropério­s contra o presidente da MAG. Sem dúvida que ele está a manipular a AG. Só fala a malta dele, não me revejo neste Sporting”, disse o represen- tante do Núcleo do Sporting CP de Almoçageme.

A ‘claque’ de Bruno de Carvalho era a mais estridente e impunha a sua lei através do elevado nível dos decibéis. “Não queremos mais Godinhos nem Ricciardis. Golpistas. Nem pensem que vão correr com o homem!”, escutava-se. Do outro lado, havia quem respondess­e na mesma moeda. “O Bruno está agarrado ao lugar como uma lapa. Podia ter sido o melhor presidente de sempre do Sporting, mas estragou tudo!”

A despeito da permanente tensão, o ambiente entre os sócios foi sempre pacífico, na zona do arvoredo, contígua à Altice Arena, nunca sendo ultrapassa­da a fronteira do razoável. E havia quem tivesse cachecóis de apoio ao presidente do Conselho Diretivo. “Força, Bruno!”, lia-se. *

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DIVISÃO. Entrada na AG fez-se sem problemas de maior, mas lá dentro a situação inverteu-se

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