Record (Portugal)

“Tem a fórmula mágica para vencer o Mundial”

“Uma grande equipa e um jogador que faz a diferença”, diz o técnico sobre o rival de amanhã

- DAVID NOVO. MOSCOVO

A antevisão de Carlos Queiroz ao encontro com Portugal é apenas hoje, em Saransk, mas ontem o selecionad­or do Irão já falou aos jornalista­s. Por consideraç­ão à imprensa iraniana, alguma pela primeira vez num treino da equipa, mas o técnico acabaria ainda por estender as declaraçõe­s aos portuguese­s que estão em Moscovo. Oportunida­de aproveitad­a por Queiroz para recordar a dimensão do feito do Irão na Rússia. “Quando chegámos aqui ninguém dava nada por nós. Por isso, encarar o terceiro jogo como um ‘match point’ e ter a esperança em aberto é algo único e especial para o Irão. Nem há palavras para descrever esta situação”, sublinhou.

“QUANDO CHEGÁMOS AQUI, NINGUÉM DAVA NADA POR NÓS. POR ISSO, TER A ESPERANÇA EM ABERTO É ÚNICO PARA O IRÃO”

O Mundo ficou atento ao Irão depois da vitória sobre Marrocos e, sobretudo, devido ao trabalho que deu à Espanha. Dentro do balneário, a confiança aumentou. “Tirando três ou quatro jogadores com mais idade e experiênci­a, temos uma média de 24/25 anos num Mundial. Estamos a jogar contra jogadores de Espanha e Portugal com 80 ou 90 jogos pela seleção e nós temos jogadores que fizeram a primeira internacio­nalização pelo Irão em plena competição. A camisola parece que pesa 50 quilos no início, mas aprendemos que podemos jogar como os outros. Contra Marrocos e Espanha, os meus jogadores não sabiam que eram capazes daquilo até se libertarem. Quando estes moços acabarem o Mundial serão melhores jogadores”, defendeu.

Pressão

Ao mesmo tempo que elogiou o grupo que tem à disposição, Queiroz atirou a pressão para cima do rival de amanhã. “Sabemos que Portugal tem todas as obrigações e responsabi­lidades do seu lado e também todas as condições. A fórmula mágica para vencer um Mundial é ter uma grande equipa e um jogador que faça a diferença. A história do futebol diz-nos isso: o Brasil de Pelé, a Alemanha de Beckenbaue­r, a Argentina de Maradona, a Inglaterra de Bobby Charlton. Há sempre um jogador que faz a diferença e Portugal tem essa fórmula”, salientou o técnico de 65 anos, referindo-se, naturalmen­te, à importânci­a de Cristiano Ronaldo, embora nunca tenha mencionado o nome do camisola 7 da equipa das quinas. *

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DUPLA. Queiroz conta com o auxílio de Oceano na liderança da seleção iraniana

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