A MURALHA QUE FALTA VENCER PARA OS OITAVOS
Os iranianos são quase perfeitos a defender. CR7 e companhia precisam de arte para chegar ao golo
Portugal tem hoje uma tarefa de concretização não muito complicada: precisa apenas de não perder com a equipa mais fraca do grupo. Dito assim, até parece fácil, porque, lançada nestes parâmetros teóricos, a missão estaria simplificada. O problema é o adversário ser o Irão, equipa altamente estruturada por Carlos Queiroz, que tem aperfeiçoado uma ideia e está a jogar pelo orgulho de todo um povo que nunca foi tão longe na maior competição do futebol mundial. Mais ainda, a sua força maior é o modo como tapa os caminhos de acesso à sua baliza; como harmonizou a ação defensiva, comprometendo toda a equipa, incluindo o ponta-de-lança Azmoun; como em todas as fases do jogo, a primeira orientação dos jogadores é no sentido de travar o adversário e desviá-lo da rota mais segura para a baliza do guarda-redes Beiranvand.
Tal como vimos com Marrocos (a vitória foi feliz mas manter a baliza inviolada obrigou a muito trabalho diversificado e bem feito), mas principalmente com a Espanha (apesar do golo de Diego Costa), os iranianos constituem sempre muralha tremenda para os seus opositores. Portugal vai, por fim, ter mais bola e jogar de modo mais constante no meio campo adversário. Essa foi a pretensão anunciada por Fernando Santos, preocupado com o facto de, em dois jogos, ter tido menos posse do que o antagonista. Mas, vistas as coisas em antecipação, é a isso que está destinado. Quisesse ele ou não, nunca o Irão se atreveria a assumir a despesa de um jogo com esta dimensão. Os dados estão lançados: serão 90 minutos de ataque português que, espera-se, tenham bom resultado. *
OS DADOS ESTÃO LANÇADOS: POR FIM, PORTUGAL VAI TER BOLA E SERÁ CONFRONTADO COM A NECESSIDADE DE ATACAR