Record (Portugal)

Futebol e calculador­a

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terceira jornada dos Mundiais parece destinada a estar sempre acompanhad­a por uma calculador­a. O nosso grupo, com três equipas ainda em posição de classifica­r-se, obrigará a ter um olho em cada estádio.

Espanha enfrenta Marrocos com a obrigação de ganhar e de oferecer um jogo solvente depois das dúvidas geradas após a partida com o Irão. Os de Hierro não estiveram bem e só lograram derrubar o ‘inflanqueá­vel’ muro defensivo montado por Queiroz com um golo de ressalto. Suponho que Portugal não terá de sofrer esse anti-futebol iraniano porque hoje os persas estão obrigados a ganhar para seguir em frente. Mas ainda assim, não descartari­a que utilizasse­m a mesma tática: ultra defensivos e à espera de uma oportunida­de frente a Cristiano e companhia.

Marrocos por seu turno parece- me um rival perigoso: Já está eliminado e sem nada em jogo, sem nervos nem urgências que lhes pro- voquem tremelique­s nas pernas. Os marroquino­s querem despedir-se da Rússia com um bom sabor na boca. Inquieta-me esta situação de desafogo numa seleção que mereceu bastante mais do que zero pontos e zero golos que tem na classifica­ção.

O normal será que Espanha e Portugal passem à fase seguinte. Qualquer outra hi-

MARROCOS PODE SER ADVERSÁRIO PERIGOSO, SEM NADA EM JOGO, POR ISSO SEM NERVOS

pótese seria uma bronca. Quando começarem os respetivos jogos, as duas seleções já conhecerão que rivais os esperam nos oitavosde-final, entrando como primeiros ou segundos.

Vai ser uma jornada interessan­te: um olho em Kaliningra­do, outro em Saransk, e as mãos numa calculador­a fazendo contas. Que a bola reparta a sorte.

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