VAR na Rússia pior do que o português
O vídeo-árbitro trouxe mais justiça e verdade ao Mundial. Mas nem tudo está a correr bem na Rússia. A meio da prova, o adepto está cada vez mais confuso e até aqueles que sabem de cor o protocolo do VAR sentem dificuldade em entender o que pode e deve ser considerado um erro manifesto ou somente um lapso de interpretação. É difícil entender, por exemplo, como é que foi ignorada a falta de Diego Costa sobre Pepe no golo da Espanha frente a Portugal; como é que foi validado o segundo golo do México frente à Coreia (há uma falta evidente de Herrera na recuperação da bola que permitiu o contra-ataque); ou como ficaram por marcar penáltis claros contra a Suíça (frente à Sérvia) e a Alemanha (frente à Suécia). O VAR parece ter recebido indicações para ter um critério largo, mas até essa ideia perde força quando se olha para o penálti assinalado e posteriormente anulado sobre Neymar, no Brasil-Costa Rica. A decisão final foi correta, mas será que neste caso houve mais erro manifesto do que nas situações atrás referidas? Claro que não. E já não restam dúvidas de que o VAR fun-
cionou de forma bem mais criteriosa em Portugal do que agora na Rússia, onde estão os melhores árbitros e os especialistas…
Por outro lado, o VAR contribuiu para que não haja, até agora, nenhum jogo sem golos. Mas cerca de metade terminou com vitórias mínimas e a média de golos não tem sido entusias-
mante, perdendo, na comparação com o Mundial do Brasil (cerca de menos 25%). Os lances de bola parada resultaram em mais de metade dos golos. E já vamos em 20 penáltis, novo recorde , sendo que já há mais cinco do que no Brasil, no que tem de ser relacionado com o vídeoárbitro, que fez aumentar o tempo de jogo em 4,4 minutos.