Record (Portugal)

Maldição volta a afetar campeões

- LUÍS MAGALHÃES

A maldição dos campeões do Mundo começa, cada vez mais, a ganhar forma. Não sendo totalmente exclusiva dos últimos torneios, pois já tinha acontecido com a Itália em 1950 (campeã em 1938) e com o Brasil em 1966 (campeões em 1962), mas a verdade é que, desde 2002, apenas o Brasil (campeão do Mundo em 2002) não foi eliminado na 1ª fase do torneio seguinte (Alemanha 2006). Recorde-se que a França, que fez a festa do título em casa em 1998, acabou por cair na fase de grupos do Mundial’2002, disputado na Coreia do Sul e no Japão. Isto significa que nos últimos cinco campeonato­s do Mundo, em quatro deles o detentor do título não conseguiu ultrapassa­r a fase de grupos. Mas, o que ainda dá maior dimensão à superstiçã­o é o facto de esta situação acontecer há três Mundiais consecutiv­os.

Em 2010, na África do Sul, a seleção italiana defendia o título con- quistado em 2006. Mas, foi incapaz de ultrapassa­r o Grupo F que contava com Paraguai, Nova Zelândia e Eslováquia. No Campeonato do Mundo do Brasil, em 2014, o mesmo aconteceu com a Espanha. La Roja integrava o Grupo B, juntamente com a Holanda, o Chile e a Austrália, mas também não conseguiu qualificar-se para os ‘oitavos’. Já no torneio que está a decorrer na Rússia, a Alemanha deu ainda

mais motivos aos defensores de superstiçõ­es. Depois do título conquistad­o em 2014, no Brasil, os alemães foram incapazes de bater a oposição que encontrara­m no Grupo F, sendo ela o México, a Suécia e a Coreia do Sul. Duas derrotas e apenas uma vitória (suada) ditaram o destino dos germânicos, ou seja, o regresso a casa.

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RESPONSABI­LIDADE. Löw não evitou o desaire

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