Record (Portugal)

VARANDAS SEGURA PESEIRO

- VÍTOR ALMEIDA GONÇALVES

TÉCNICO CONTINUARÁ SE FOR ELEITO

Se Mihajlovic não encaixava no perfil de treinador de Frederico Varandas, José Peseiro terminará a época no Sporting se o antigo diretor clínico vencer as eleições a 8 de setembro. Mesmo que não tenha sido opção sua. “José Peseiro foi escolha da Comissão de Gestão. Conheço-o. Já entrou atrasado. É muito feliz a escolha de um treinador português, que saiba o significad­o de jogar nas Aves, em Braga, em campos como o do Tondela. Não há tempo. Não podia conhecer só Sporting, Benfica e FC Porto. É um homem competente. Será o treinador do Sporting, caso eu seja eleito”, disse ontem Frederico Varandas, em entrevista à Rádio Renascença, certo de que o desfecho da época 2004/05 estará “encravado na garganta de José Peseiro”. “Tem aqui uma oportunida­de de ouro para demonstrar que também consegue ganhar e não só jogar bem à bola”, acrescenta Varandas, defendendo ainda que outro técnico, mesmo que fosse o ideal para o cargo, se não fizesse a pré-época e não conhecesse os jogadores, poderia “ser um desastre”. “Ele vai ter dois meses de trabalho com aquele grupo e eu sei qual é a importânci­a disso”, reforça, recusando cenários com Jorge Jesus para daqui a um ano. “No futebol não existe passado e muito menos futuro, existe presente. Falar de projetos de treinador daqui a um ano é surreal.”

Retorno desportivo

Sem querer interferir no trabalho da Comissão de Gestão, Frederico Varandas admite que reverter as rescisões é fundamenta­l, e não apenas por razões mo- ceiros para “os jogadores não saírem ao desbarato”. “Acredito que seja possível o regresso de uma boa parte dos jogadores. Os sportingui­stas querem os melhores. Vão aceitá-los de braços abertos, se houver retorno”, entende Varandas.

Impossível recuar

O que não tem volta atrás é a decisão de concorrer à presidênci­a do Sporting. Mesmo que Luís Figo entrasse na corrida. “Os sportingui­stas saberão muito bem conhecer os verdadeiro­s candidatos. O que deram ao clube, o que são, o que foram, se estiveram sempre presentes ou não, e o que podem dar. Não há nenhum nome que me faça voltar atrás”, assegurou, na Renascença, orgulhoso por ter avançado quando ainda “ninguém tinha dado a cara”. “Não tenho dúvida nenhuma de que fui fundamenta­l para a destituiçã­o de Bruno de Carvalho e para a força dos 71%”, reivindica.

“Há muitas formas de lutar: na retaguarda, cheio de taticismo; enviando os soldados para a frente e aparecendo quando o terreno já está limpo; e na frente da batalha. Eu luto sempre na frente. E é assim que eu vou defender o Sporting: sempre na frente”, promete Varandas , cujo sonho “é ver o Sporting ganhar”. “Quando decidi avançar, foi porque reuni condições. Não sou louco.”

Médico clarifica posição sobre treinador e admite que é fundamenta­l tentar reverter rescisões

Rogério Alves

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