ROBERTO FAZ PARTE DO ‘CLÃ’ DE CRUIJFF
Selecionador admira o mítico Barça de Johan e é compadre de Jordi, o filho do mago holandês
Nem Lopetegui, nem Hierro! A honra dos treinadores do país vizinho está a ser defendida por Roberto Martínez. “Sou catalão e espanhol, isso nunca mudará!”, costuma dizer o selecionador da Bélgica, cuja principal influência é o mítico Barça de Johan Cruijff. Roberto tinha 15 anos quando o mago holandês assumiu o leme do Barcelona. Nascido no ano de 1973 em Balaguer, município de Lérida (Catalunha), ficou fascinado pelo futebol de posse de Cruijff. Não encontrou outro que mais lhe agradasse, embora fosse
FUTEBOL OFENSIVO E DE TOQUE DOS DIABOS VERMELHOS (SEM RENUNCIAR AO CONTRA GOLPE) PROMETE ATORMENTAR BRASIL
fã da Real Sociedad de Toshack, do Valladolid de Maturana e do Milan de Sacchi.
Nunca treinou em Espanha. Passou, aliás, boa parte da vida em Inglaterra! Rumou a terras de Sua Majestade em 1995, tinha 22 anos! Atuava a médio e decidira emigrar porque nunca passara do Saragoça B e do Balaguer. Assinou pelo Wigan. Manchester ficava a poucos quilómetros e, quis o destino, tornou-se amigo de Jordi Cruijff (filho de Johan), que atuava no United. Conheceram-se num restaurante! Jordi viria a ser, já em 2009, seu padrinho de casamento e, anos mais tarde, padrinho de batismo da sua filha (Luella). Ele tornarse-ia, por seu turno, padrinho de batismo de Julen, filho de Jordi. O Wigan foi a sua porta de entrada em Inglaterra, onde também defendeu o Motherwell (aí conheceu a futura mulher, Beth Thompson), o Walsall, o Swansea e o Chester. Arrumou as botas em 2007 e virou treinador. Orientou o Swansea (conquistou a League One), o Wigan (ganhou a Taça) e o Everton. Em 2016, 21 anos após chegar a Inglaterra, pegou na Bélgica, cujo futebol ofensivo e de toque (sem renunciar ao contraataque nem ao futebol direto) promete complicar a vida ao Brasil. *