O melhor do Mundo a atirar-se para o chão
O Brasil está fora do Mundial . Andou sempre a ameaçar que, em qualquer momento, poderia Tite-colapsar. Depois de um começo titubeante, a canarinha cresceu na competição, mas teve sempre um problema: a sua estrela-maior, Neymar. O Neymar das quedas e dos rebolanços, o Neymar dos dribles inconsequentes, o eu-Neymar acima da equipa, o Neymar-circense que nem sequer conseguiu arrancar um sorriso ao adepto do futebol-palhaço. Um triste Neymar de lábios vermelhos, como consequência de ter ‘beijado’ vezes sem conta as camisolas (vermelhas) da Bélgica. E quando se fala da luta pelo estatuto de ‘o melhor do Mundo’ e da candidatura de Neymar, só se for candidato a “melhor do Mundo a atirar-se para o chão”.
Aquilo que resta do ‘bom futebol’ do Mundial, protagonizado pelo eixo França-Bélgica, não vai deixar saudades. Portugal entrou neste fandango do futebol sombrio (ave Japão!), caindo o mito de que se pode ganhar campeonatos da Europa e do Mundo, consecutivamente, e por regra, sem se jogar futebol. Resta saber se Fernando Santos aprendeu a lição ou se a aposta vai ser no reacendimento do misticismo técnico-táctico. Cristiano Ronaldo não pode resolver tudo, na fórmula ‘1+10’, se os ’10’ não têm ordem para explodir, sempre dependentes do ‘1’ e de uma férrea ‘ordem fernandina’. Quem sabe jogar a bola não pode nem deve consagrar o futebol da bola quadrada e essa foi uma contradição que matou Portugal. CR que aponta à Juventus, não por ter sido fisicamente agredido na ‘Academia’ do Real Madrid, mas por ter sido alvo de ‘agressões’ e desconsiderações por quem fez tanto pela valorização da imagem do clube merengue. Zidane já não aguentava tanta pressão e CR já não se sentia benquisto. A ‘Juve’ é a porta da libertação…possível.