VENENO CONHECIDO TRAMOU URUGUAIOS
Sem Cavani, o sonho dos sul-americanos ruiu perante gauleses que nem tiveram de brilhar
na defesa, a tradicional segurança transmitida por uma dupla de centrais de nível.
Já a França, de forma inteligente, assumiu o controlo da posse de bola, mas nunca optou, deliberadamente, pelo ataque constante. Deschamps pretendia que a sua equipa aguardasse pelo erro contrário. E foi esse modelo tático – quase tirado a papel químico da forma como o Uruguai gosta de jogar –que ajudou a fazer a diferença. Foijáemcimado descanso, na sequência de um livre de Griezmann, que a França inaugurou o marcador. A pseudo-hesitação na hora de cobrar a falta foi essencial para que a defesa uruguaiavacilasse. Varane, pleno de oportunidade, cabeceou com êxito. Também aqui o Uruguai – poderoso nas bolas paradas – provou do seu próprio veneno.
O jogo poderia ter sido diferente se logo na resposta, aos 44’, Lloris não tivesse negado o empate a Cáceres. A defesa, com uma das mãos, foi providencial.
A segunda parte prometia emoção, mas um ‘frango’ de Muslera acabou com as dúvidas. O Uruguai perdeu fulgor e nem as entradas de dois velhos conhecidos dos portugueses (Rodríguez e Urreta) foi suficiente para incomodar a França, que venceu sem precisar de jogar muito. * GRIEZMANN