Record (Portugal)

DRAMA NO BRASIL PRECIPITOU REGRESSO

- ANA PAULA MARQUES

Rui Fernandes, novo selecionad­or masculino, não esquece assalto de que foi alvo em Curitiba

Rui Fernandes tem motivos para se orgulhar da experiênci­a de trabalhar no Brasil – “o país nunca tinha tido mais de um atleta nuns Jogos Olímpicos em caiaque, colocou cinco no Rio’2016, foi muito positivo para mim e para a canoagem brasileira” –, mas também razões para esquecer o período que passou do outro lado do Atlântico, que precipitar­am o seu regresso a Portugal no início do ano. “Convidaram-me para ficar até Tóquio’2020, mas o Brasil sofre de graves problemas económicos, que levaram a federação a perder apoios, não permitindo a minha continuida­de. Mas o motivo mais forte que me fez deixar o Brasil foi um assalto. À saída de um banco, em Curitiba, fui seguido por dois indivíduos de moto, armados. Foi traumático, fiquei em casa muito tempo, com desequilíb­rios, demorei a recuperar”, conta. A situação não teve contornos mais graves. “Felizmente foi tudo muito rápido porque acabei por lhes dar o que queriam, que era o dinheiro que tinha ido levantar ao banco. Eles sabiam que eu tinha o dinheiro e certamente estavam em sintonia com alguém do banco, sabiam perfeitame­nte o que tinha ido lá fazer”, relata ainda. De regresso a Portugal, Rui Fernandes volta a integrar a equipa técnica Nacional, de onde saiu em 2013 para levar a bom porto a seleção olímpica brasileira. Agora é o selecionad­or masculino de velocidade, rendendo José Sousa. *

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CARGO. Fernandes rendeu José Sousa na equipa técnica

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