Obrigação de fazer mais
A30 de junho, na assembleia geral da FPF, foi retificado o Regulamento de Arbitragem e Disciplinar da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, que irá alinhar toda a competição durante a próxima época. Era um momento bastante aguardado pela Arbitragem, para ver até onde estavam dispostos a ir os clubes na sua autorregulação a nível disciplinar, depois de uma época que, fora das 4 linhas, envergonhou todos os apaixonados do desporto e em especial do futebol. Com constantes insinuações, provocações, denúncias anónimas, um sem fim de situações vergonhosas que tinham apenas um propósito: “Ganhar a qualquer custo”... criando polémicas e, ao mesmo tempo, tentar pressionar a Arbitragem e toda a sua estrutura.
Por esse motivo, esperávamos mais deste regulamento de disciplina do órgão que tutela o futebol profissional, aquele que tem a maior visibilidade seja negativa ou positiva. Esperávamos que algumas das propostas da Arbitragem tivessem ficado refletidas no documento como os “jogos à porta fechada”, “perda de pontos” e “aumentos dos valores mínimos das coimas”. Não seria nada de mais tendo em conta o estado do futebol nos últimos anos.
Não estaria a ser justo se não admitisse que existem algumas melhorias no documento. Houve aumentos significativos e novos artigos mais penalizadores, mas entendemos que foi uma alteração “tímida”. Por isso, a APAF e os delegados da Arbitragem votaram contra a retificação, apresentando e explicando os seus motivos, tendo sido os únicos a fazerem-no. Será que para bem do nosso futebol, os outros sectores não entendem que todos juntos poderíamos ter feito mais e ter sido mais reguladores? Só, a Arbitragem não tem o poder para defender a mudança que urge implementar.
Na mesma assembleia aAPAFe a Associação de Évora propuseram o antigo árbitro internacional José Pratas para sócio de mérito da FPF. Proposta votada de forma unânime.