Revolução em marcha
Era suposto que a Comissão de Gestão se limitasse a gerir os danos causados pela liderança de Bruno de Carvalho que, entre outras coisas, teve como consequência a rescisão de contrato de nove jogadores.
Seria, contudo, difícil para Sousa Cintra reduzir a sua ação a esse controlo, até porque todos se aperceberam de que o regresso dos nove jogadores seria impossível. Por isso, teve de ir à procura de reforços, o que, tendo em conta o peso das baixas, devem ser nomes que equilibrem a balança. Bruno Fernandes é a exceção à regra, mas também representa um esforço financeiro suplementar.
Estas eram mudanças inevitáveis e que a personalidade de Sousa Cintra, que não se conjuga com inércia, potenciou com o entusiasmo que lhe é conhecido. À grandeza do Sporting está associada a ambição e a responsabilidade de lutar por títulos. Cintra sabe isso melhor do que ninguém como provou quando esteve na presidência do clube. Então, não faltaram bons jogadores ao Sporting.
Mas Cintra foi mais longe e vai dispensar Inácio e Virgílio. A revolução está definitivamente em marcha e tem impacto na Academia. Não seria melhor encontrar uma solução transitória para Alcochete para dar margem de manobra ao futuro presidente? Faria mais sentido.