“Romper com o passado”
Ideias do anterior projeto não serão esquecidas, mas o candidato diz pensar somente pela sua cabeça
Poucos dias após anunciar a sua candidatura à presidência do Sporting, Carlos Vieira deslocouse ao Norte do país e foi recebido no Núcleo do Sporting em Famalicão. Foi aí que, perante cerca de meia centena de sócios e simpatizantes dos leões, o ex-vice-presidente voltou a distanciar o seu projeto daquele que reinou em Alvalade ao longo dos últimos cinco anos, durante o mandato de Bruno de Carvalho. Isto a despeito de reconhecer o que de bom foi feito pela anterior direção, da qual fez parte, pelo que assume que irá também ‘beber’ algum desse trabalho. “A minha candidatura é para seguir até ao fim. Nunca tinha pensado em candidatar-me, mas depois de muito ser pressionado segui em frente, porque assumi que fui eleito e, depois, destituído sem nunca o entender. Tenho dúvidas que tenha sido essa a melhor solução. Quero saber se os sócios estão de bem comigo. Há espaço para a minha candidatura e para seguirmos o que de bom se fez no passado, mas que fique bem pre-
“FUI ELEITO E, DEPOIS, DESTITUÍDO SEM O ENTENDER. QUERO SABER SE OS SÓCIOS ESTÃO DE BEM COMIGO”, DISSE
sente que com Bruno de Carvalho nada há. Sempre segui pela minha consciência e não pela cabeça de outra pessoa. Quero romper com o passado”, sublinhou Carlos Vieira, com um discurso vincadamente alicerçado no plural. De resto, uma dessas ideias de continuidade prende-se precisamente com a relação com os nú- cleos. “Pretendo alargar os núcleos e melhorar as relações com eles, de forma a serem mais dinâmicos. Ao longo dos últimos cinco anos fizemos muitas atividades e é isso que temos de incrementar, como por exemplo, no que diz respeito à venda de bilhetes”, vincou o candidato, prometendo títulos: “O que fizemos nas modalidades só os sócios podem julgar, creio que estivemos muito bem. O que fizemos nessa área podemos fazer no futebol. Como penso que serei presidente, creio que vamos ser campeões várias vezes.” *