Liberdade, igualdade e Boban
joga a Croácia, a França e o Mundo! Hoje joga o futebol que, durante um mês, se torna ‘Bola Filosofal’ e, adaptando Gedeão, faz do Mundo um sonho que “pula e avança como bola colorida entre os pés de uma criança”.
AFrança apresenta-se como embaixadora dos revolucionários da Liberdade, Igualdade e Fraternidade, que impuseram a ‘Res publica’ e fazem do futebol ‘coisa pública’ de grande importância e gravidade. A Croácia quer tornar-se hoje maior do que as suas recentes fronteiras, revolucionar o futebol Mundial e ‘Ser também’ entre os maiores!
A este propósito, invoca-se o revolucionário Zvonimir Boban, que capitaneou a Croácia na conquista do 3.º lugar do França’98 e, oito anos antes, deu o ‘pontapé de saída’ para a revolução política croata de emancipação do jugo jugoslavo.
Formado em História depois de terminar a carreira, Boban aparecerá nos livros pelo ato de 13 de maio de 1990. Enquanto os croatas preparavam um plebiscito para votar a independência (não aceite pela maioria sérvia), um jogo em Zagreb entre o Dínamo e os sérvios do Estrela Vermelha de Belgrado foi mais do que futebol.
Oscroatasaproveitarampara reivindicarliberdade, originando-se uma batalha com os sérvios que chegou ao relvado.
Quando Boban viu umpolícia reagir perante adeptos croatas, sem refletir, desferiu um pontapé num agente policial.
Do pontapé resultouumasuspensão que impossibilitou a sua presença no Mundial de 1990 ao serviço da Jugoslávia. Simultaneamente, Boban – alcunhado de ‘Zorro’ na sua passagem pelo AC Milan – tornouse símbolo da resistência e herói nacional, ao lutar pelos desprotegidos croatas! Zorro dei-