UM MERGULHO NA ETERNID RESGA T E NA T A IL Â NDIA
Especialistas britânicos, australianos e tailandeses são os heróis com máscara... de mergulho. Fizeram um milagre
Obrigado, obrigado!”, repetiram, em uníssono, os 12 jovens e o seu treinador quando viram Rick Stanton e John Vonlanthen, os mergulhadores britânicos que descobriram o grupo na gruta de Tham Luang. Seguiu-se a pergunta óbvia: “Podemos sair hoje?”. “Hoje não, nós somos apenas dois. Mas vão chegar mais pessoas”, atiraram os britânicos, deixando ainda uma mensagem de encorajamento: “Vocês são muito, muito fortes.” O diálogo prosseguiu. “De onde vieram?”, questionou uma das crianças, Adul, a única que fala inglês. “Inglaterra, Reino Unido”, respondeu a dupla.
Rick Stanton e John Vonlanthen foram chamados por Vernon FICAM AS MEMÓRIAS dos melhores no resgate em grutas, mas estiveram sozinhos. Ao seu lado tiveram Robert Harper, de 70 anos, com muita experiência em mergulho, que comandou a operação, e muitos elementos vindos de várias partes do Mundo para se juntarem aos milhares de tailandeses que apoiaram os trabalhos, dentro e fora da gruta. O mérito do sucesso da operação é repartido, obviamente, com as autoridades da Tailândia. Narongsak Osottanakorn, governador da província de Chiang Rai e chefe da missão de salvamento; Pak Loharnshoon, médico e mergulhador, responsável pelos primeiros socorros aos ‘Wild Boars’. E, claro, Saman Kunan, de 38 anos, retirado da marinha tailandesa que se voluntariou para ajudar e que acabou por falecer. “És o meu coração”, lembrou a viúva Valeepoan. Os comentários tinham uma palavra em comum: herói. Um dos muitos, entre especialistas e voluntários. *