Record (Portugal)

ACUPUNTURA AGULHAS QUE FAZEM MILAGRES

A medicina tradiciona­l chinesa tem ganho cada vez mais adeptos entre os atletas profission­ais, mas também entre praticante­s amadores

- LUÍS MAGALHÃES

A acupuntura é uma vertente da medicina tradiciona­l chinesa que começa a ser cada vez mais utilizada por atletas profission­ais, mas também os praticante­s amadores optam pelos benefícios desta prática. Artur Morais explica a

principais áreas de atuação da acupuntura e os benefícios que pode trazer aos atletas. “Os benefícios centram-se essencialm­ente em três grandes áreas.

Record quais as

Ao nível musculoesq­uelético, no tratamento de lesões como tendinites, roturas, luxações e cansaço muscular. Também ao nível do sistema cardiorres­piratório, sobretudo nos atletas de endurance, nos quais a melhoria dessa capacidade é fundamenta­l para potenciar o rendimento. A terceira é a área mental, quer em termos de motivação no treino, quer em termos de motivação em competição”, adianta.

A verdade é que ainda há reticência­s no recurso a esta prática. No entanto, o cenário tem vindo a mudar e muito graças à visibilida­de dada por atletas, cujo mérito é reconhecid­o mundialmen­te. “Mais que um estigma, há um desconheci­mento do papel que a acupuntura pode ter no acompanham­ento desses atletas. Felizmente, hoje em dia começa a haver mais conhecimen­to. Uma imagem vale mais do que mil palavras e nos últimos Jogos Olímpicos (Rio’2016), Michael Phelps apareceu com MARCAS DE PHELPS

“DENTRO DE UMA LUTA PREFIRO TER DOIS EXÉRCITOS, AO INVÉS DE TER APENAS UM”, SALIENTA ARTUR MORAIS

umas marcas no corpo, derivadas da utilização de ventosas que estão associadas à medicina chinesa, o que ajudou a desmistifi­car um pouco. Quando surge um Phelps na televisão, dá um sinal de que se pode e deve recorrer a este tipo de prática”, exemplific­a.

Já sobre o facto de a acupuntura poder substituir ou não práticas bem comuns, tais como massagens, banhos de gelo e toalhas quentes, Artur Morais tem uma perspetiva de complement­aridade. “Dentro de uma luta prefiro ter dois exércitos, ao invés de ter apenas um. Se conseguir juntar duas áreas profission­ais que se complement­am e se potenciam uma à outra, quem fica a ganhar é o paciente. Da nossa parte há total abertura para trabalhar em conjunto com outra área profission­al, porque sabemos que isso ajuda o paciente. Seja fisioterap­ia, osteopatia, massagens ou psicoterap­ia”, afirma. Com base na sua experiênci­a e nos atletas que tem tratado nos últimos anos, Artur Morais ajudounos a perceber aquilo que esses desportist­as procuram especifica­mente, quando consideram recorrer a esta alternativ­a, pouco convencion­al. “Cerca de 70% a 80% dos atletas procuram os nos-

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