Record (Portugal)

UMA VISITA À SUÉCIA EM TRÊS SALTOS

- RAFAEL SOARES

Com 26 anos, Madeleine Nilsson é uma das melhores atletas de triplo salto na Suécia. Ainda está longe de ser conhecida internacio­nalmente - falhou o acesso aos últimos Jogos Olímpicos -, mas no seu país, as rivais sabem com o que contar. Foi medalha de bronze nos campeonato­s de 2014 e 2017, tendo sido campeã nacional em 2015. Méritos que vêm de uma atleta que não se especializ­ou tão cedo como seria de prever. “Sou atleta desde os 10 anos, mas só me comecei a focar no triplo salto desde os 18. Demora algum tempo a construir o corpo para que ele possa lidar com a carga dos três saltos e só recentemen­te é que me tornei forte o suficiente para dominar a área. É uma aposta difícil”, contou ao site Style Your Life há aproximada­mente cinco anos, numa altura em que ainda procurava os primeiros êxitos enquanto sénior.

Dedicada aos treinos

Antes, a atleta do Gefle, clube da cidade onde vive, procurou destacar-se, por exemplo, nos 200 metros (tem um recorde de 25,99 segundos), no salto em compriment­o (5,35 metros) e no salto com vara (3,77 m), mas acabou por entender qual seria o caminho indicado (no triplo salto, tem como melhor marca 12,92 m). O facto de se ter especializ­ado tarde nunca a impediu de perseguir o sucesso e, como tal, sempre fez do trabalho e dedicação as suas principais armas. Ao site Sportamore, Madeleine Nilsson relatou que, por vezes, chega a realizar dez sessões de trabalho por semana, embora haja exceções. “Depende de que altura do ano é e se a temporada está a decorrer”, diz, explicando a razão para gostar de treinar tantas vezes. “Além dos efeitos físicos no corpo, adoro a forma como me influencia mentalment­e de forma positiva. Sintome forte e fisicament­e ativa, o que me torna feliz e harmoniosa”, salientou. Nilsson falou ainda de outras atividades que realiza à margem dos habituais exercícios. “Em algumas épocas do ano, faço ioga pelo menos uma vez por dia. É a melhor maneira de me abstrair do Mundo e alcanço efeitos milagrosos em apenas dez minutos”, realçou.

Motivação não falta

Não é de estranhar que a motivação para trabalhar nem sempre esteja nos píncaros. Porém, para Madeleine a solução é simples. “Nos dias difíceis, tento pensar em quanto amo o treino e a saúde e recordome do talento que tenho”, descreve, frisando que tem ainda um diário relativo às sessões de trabalho. “Há algo relaxante quando podes escrever sobre os teus próprios treinos e avaliar a condição do antes e do depois. Esse sentimento pode ser motivador o suficiente quando a mente está ligeiramen­te em baixo”, defendeu. * Madeleine Nilsson não se limita à carga física semanal, tendo também um cuidado extra com aquilo que faz fora das pistas, como qualquer atleta que se preze. Um dos exemplos passa pela alimentaçã­o, sendo que durante a competição, procura manter o rigor. “Durante a temporada, tenho cuidado e evito doces e refrigeran­tes, bem como álcool”, contou ao Style Your Life. “No entanto, durante a temporada não sou assim tão cuidadosa”, revela.

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