Record (Portugal)

“BdC terá de sofrer as consequênc­ias”

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Nas eleições de 2013 e 2017, foi apoiante de Bruno de Carvalho? PM – Não apoiei ninguém. Era um sócio silencioso, como muitos, simplesmen­te apaixonado pelo Sporting e sócio há muitos anos. Não pertenço nem a ‘croquetes’, nem a rissóis nem a nenhum tipo de alimentaçã­o desportiva.

Olhando paratrás, Bruno de Carvalho foi a melhor opção?

PM – Acredito que Bruno de Carvalho é um apaixonado pelo Sporting. E acredito que ele achou que o facto de ter um grande apoio dos sportingui­stas justificav­a assumir um poder absoluto, com consequênc­ias que se revelaram desastrosa­s. Nenhum poder absoluto é bom. O que se passou demonstra-nos a importânci­a de temos um modelo de governação que impeça quem quer que seja de assumir esse poder absoluto e tentar fazer o que ele fez, de violar normas estatutári­as e princípios fundamenta­is do clube. É um comportame­nto típico de alguém que pode fazer tudo. O clube deve estar sempre na mão dos sócios.

Comentou, na televisão, a crise do Sporting e logo de seguida Bruno de Carvalho acusou-o de dizer uma“datade disparates”. Esperava aquela reação?

PM - Não. Que o que disse não foram disparates, veio a ser confirmado de seguida pelos tribunais. Eu quero participar no Sporting, mas não quero meter-me em lutas na lama, não é positivo para o clube. Ele próprio já veio reconhecer que o seu comportame­nto teve muitos aspetos inadequado­s. Acredito na capacidade de redenção de qualquer pessoa e também que os comportame­ntos têm consequênc­ias, e ele vai ter de as sofrer. Aseuver,porque é que o anterior CD não se demitiu?

PM – Não vou especular. Apenas me parece óbvio que foi muito negativo

“NÃO APOIEI NINGUÉM [ELEIÇÕES DE 2013 E 2017]. ERA UM SÓCIO SILENCIOSO. NÃO PERTENÇO NEM A ‘CROQUETES’, NEM A RISSÓIS”

para o clube não se terem demitido. Se o tivessem feito, provavelme­nte não tínhamos rescisões de nove jogadores, o que deixou o clube numa situação negocial difícil, e não estaríamos a preparar uma época desportiva quase à última hora.

As crises governamen­tais são comparávei­s à crise do Sporting? PM - Tudo o que cria instabilid­ade é negativo num processo de governação, aconteça ela num país, num clube ou numa empresa.

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FRONTAL. Poiares Maduro partilhou, a Record, a visão do ‘seu’ Sporting

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