PROGRAMAS FEITOS ÀMEDIDADE CADAUM
Acabados de chegar, Conti e Lema têm planos complementares, como todos os outros
Entre os reforços, há dois que vão atuar pela primeira vez na Europa: Germán Conti e Cristian Lema. O segundo não demorou a perceber que em Portugal o futebol é mais rápido e os treinos são dinâmicos.
Os dois centrais argentinos, como todos os jogadores, são submetidos a programas específicos de reforço muscular. “Em função das avaliações que são feitas, é organizado um plano de trabalho específico e individualizado para cada jogador. Normalmente é feito antes ou depois dos treinos coletivos, para não prejudicar a preparação, salvo situações específi-
HÁ CUIDADOS NO AUMENTO MUSCULAR, DE FORMA A QUE, POR EXEMPLO, NÃO SE PERCA CAPACIDADE DE IMPULSÃO
cas”, explica Jorge Castelo, docente universitário, especializado na Teoria e Metodologia do Treino Desportivo.
O especialista explica que a ideia não é fazer um trabalho muscular “só por fazer” e desmistifica a ideia de que os futebolistas sul-americanos sejam ‘obrigados’ a isso, face à maior intensidade do futebol europeu. Castelo refere que estes planos individualizados são transversais a qualquer equipa. Nem aqueles que não tenham historial de lesões graves recentes escapam. “Nem que seja fazer alongamentos para manter o nível”, adianta. Esta preparação complementar é feita para afinar as peças da máquina, sem “desmanchar as capacidades de coordenação com a bola”, refere. “Às vezes, o jogador salta antes da bola; outras, quando salta, já a bola passou”, especifica o antigo adjunto benfiquista. Castelo usa uma imagem para reforçar a ideia de que todos os jogadores precisam de realizar estes planos. “No motor do carro, não basta afinar um pistão. Têm de ser os quatro, senão o motor fica desequilibrado”, sublinha. Tudo para que, remata, a velocidade de ponta da máquina não fique aquém do seu limite máximo. *