“Há meia dúzia de jogadores que não têm capacidade para jogar no FC Porto”
SÉRGIO PUXA ORELHAS...
...E AVISA PINTO DA COSTA
“Já disse ao presidente, temos de ir à procura de soluções”
A derrota no primeiro ensaio à porta aberta vai dar muito material de análise para Sérgio Conceição e, ninguém duvide, terá reflexos imediatos no trabalho diário. O FC Porto chegou ao Algarve com três vitórias no Olival e um parcial de 15-0 em golos, mas rasgou esse registo limpo com um festival de erros perfeitamente inusual, e que dificilmente será repetível com o plantel completo e a época oficial a decorrer. O flanco esquerdo da defesa foi um perfeito buraco onde Tabata teve tempo para fazer tudo o que lhe apeteceu, causando danos com uma assistência e um golo. Mesmo assim, com muitas correções a terem de ser feitas, a realidade é que o FC Porto, para além do golo que reduziu a diferença, desperdiçou pelo menos seis ocasiões flagrantes, o que também não pode ser considerado normal. A estes dados há que juntar um fator que vai ser menos focado mas que Conceição não vai deixar passar em claro: a saída de bola foi insegura e a circulação a meio-campo resultava em sucessivas perdas que expunham a linha defensiva.
Assim se explica que, nos dois golos sofridos, Alex Telles estivesse na zona ofensiva do corredor esquerdo, não conseguindo reposicionar-se pelo facto de a equipa entregar rapidamente a bola ao adversário, não tendo ainda pulmão para realizar transições defensivas com o prego a fundo. Isso até se viu na etapa inicial, durante um período em que essa intensidade foi decisiva para manter o Portimonense sob controlo. Esses princípios que foram fundamentais para a conquista do título notaram-se em campo, mas bastou a agressividade baixar umas décimas para acontecer o descalabro. O esforço de Brahimi para pegar na equipa foi inglório, dado que ofereceu dois golos que Soares não conseguiu capitalizar.
Sinal de alerta
Como é normal nos encontros de pré-temporada, a 2ª parte foi uma partida completamente diferente, face às 21 substituições operadas pelos treinadores. Foi altura de André Pereira confirmar que tem um potencial tremendo na linha ofensiva, mantendo a sua onda positiva e alargando a contagem para cinco go- los em quatro jogos realizados durante este período. Um indicador animador, mas que não anula o sinal de alerta coletivo. Sérgio Conceição quer reforços, tem vincado as necessidades do plantel junto da SAD e a evolução do grupo está atrasada em relação ao idealizado pelo treinador. Quanto ao Portimonense, António Folha teve uma apresentação de credenciais auspiciosa. Implementou o sistema de três centrais que já lhe tinha rendido dividendos no FC Porto B e a equipa mostrou inteligência. *
BRAHIMI ESTEVE EM FOCO NO PRIMEIRO TEMPO E ANDRÉ PEREIRA CONFIRMOU QUE É UM CASO SÉRIO NA DIANTEIRA