“Deixem as desconfianças de lado”
“O objetivo é criar uma grande equipa e começar o campeonato a top”, promete o treinador
José Peseiro pede um voto de confiança aos adeptos. O treinador diz que “se tivesse receio não aceitaria este desafio”, admite que o Sporting parte de trás, em relação à concorrência, mas acredita que está a construir um Sporting ganhador.
“Não começamos na mesma linha de partida de todos os adversários da nossa Liga, não estou só a falar nos habituais candidatos ao título, mas temos potencial, uma história muito grande, uma estrutura e um clube muito fortes, uma massa associativa tremenda e jogadores que nos permitem pensar que é possível fazer coisas muito boas”, disse o técnico, em entrevista à Sporting TV, contente e entusiasmado com o trabalho que tem vindo a fazer, na conclusão do estágio na Suíça. “Não queremos queimar etapas nem perturbar o nosso processo. O objetivo é criar uma grande equipa e começar o campeonato a top. Deixem as desconfianças de lado”, pede, reforçando: “Tem de se criar um clima de confiança, estabilidade e serenidade e aceitar coisas menos boas que possam surgir.”
A propósito da construção do plantel, José Peseiro, de 58 anos,
diz mesmo que “gostaria de ter o grupo fechado mas podia hipotecar o futuro do Sporting”. “Regressou o Bruno (Fernandes), é bom que regresse mais algum. O tempo que temos levado pode prejudicar o trabalho que queremos desenvolver, mas pode beneficiar naquilo que é termos jogadores de nível, que conhecem o Sporting”, acrescenta.
Espetáculo e equilíbrio
Se o plantel ainda está indefinido, as ideias já têm forma. “Uma equipa como o Sporting tem de ter um modelo, uma ideia precisa, um plano B. Ter o grupo fechado vai ser determinante e estamos ligeiramente atrasados. Mas o Sporting, com a responsabilidade que tem, terá de passar 80 por cento do tempo em domínio e controlo do jogo em posse”, avisa o técnico, hoje diferente de 2004/05.
“Não sou o mesmo treinador. Havia coisas que fiz menos bem, na abordagem ao jogo. Fizemos muito golos mas também sofremos mais do que gostaríamos. Queremos continuar a ser uma equipa espetacular ofensivamente, que crie emoção e leve as pessoas ao estádio, mas também corrigindo o nosso processo defensivo e a transição, para melhorar a eficácia”, salienta. *
“O SPORTING, COM A RESPONSABILIDADE QUE TEM, TERÁ DE PASSAR 80 POR CENTO DO TEMPO EM DOMÍNIO”