“Fui desrespeitado por Bruno de Carvalho”
Concretamente comoquê? VM – Da maneira como Bruno de Carvalho tratava das coisas. Ele era dono e senhor das decisões no Sporting e não ouvia ninguém, muito embora eu o tenha avisado para alguns perigos. Ele achou sempre que eu estava ultrapassado e que agora os tempos eram outros.
Masfoisó isso?
VM – Foi um acumular de situações que culminou com a minha ida ao Cazaquistão para acompanhar a equipa de futsal à Final Four. Passaram-se coisas que não gostei, o Bruno de Carvalho desconsiderou-me, embora talvez não o tenha feito de propósito, e após o re- gresso, o presidente fez duras críticas no Facebook aos jogadores, classificando-os de ‘meninos’. Eu não tolerei isso e pedi a demissão. Avisei o presidente da Mesa da Assembleia Geral, Jaime Marta Soares, e depois todas as modalidades que estava de saída.
Mas o que se passou no Cazaquistão?
VM – Bruno de Carvalho e Rui Caeiro chegaram de surpresa, não fui informado da sua chegada e depois da final não falaram com os jogadores nem se despediram deles. Encontrei-os depois no regresso no avião. Eles viajavam em classe executiva e os jogadores e eu em
“[BRUNO DE CARVALHO E RUI CAEIRO] VIAJAVAM EM CLASSE EXECUTIVA E OS JOGADORES E EU EM CLASSE ECONÓMICA”
classe económica. Pressenti que os jogadores ficaram incomodados com isso e a mensagem de Bruno de Carvalho apressou a minha saída. Fui desrespeitado.
Esperaque o Sportingpossarepetir em2018/2019 os mesmos êxitos nas modalidades?
VM – Vamos ver quem vai ganhar as eleições. O investimento e a opção por tornar as modalidades ga- nhadoras tem um rosto, que é o presidente do clube. Sei que o futebol absorve milhões de euros, mas defendo que as modalidades devem ter, pelo menos, 30 por cento do orçamento. Repare numa coisa: o Sporting tem 50 modalidades e se cada uma tiver 10 mil adeptos, estaremos a falar num universo de 500 a 600 mil pessoas.
Com tantos candidatos, com quemmaisse identifica?
VM – Sei que sou uma pessoa respeitada e querida no Sporting e muita gente me tem telefonado a perguntar como estou ao fim deste tempo. Sinto que tenho a porta aberta para entrar em Alvalade. *