Record (Portugal)

MEAGHAN BENFEITO CANADIANA COM PORTUGAL NO CORAÇÃO

- FÁBIO LIMA

Nasceu há 29 anos do outro lado do Atlântico, mas é com orgulho que assume as suas raízes

Meaghan Benfeito nasceu há 29 anos em Montreal, no Canadá, e por lá se fixou ao lado da família. Mas, tal como muitos outros cidadãos daquele país, tem uma forte ligação a Portugal, por ser filha de pais de origem portuguesa. Na semana passada, a convite da Red Bull, por ocasião da etapa açoriana das Cliff Diving Series, a saltadora, detentora de três medalhas olímpicas pelo Canadá, visitou o arquipélag­o apenas pela terceira vez (nas anteriores tinha 5 e 25 anos), mas o encanto cresce a cada visita. “Adoro os Açores, por completo. É bonito, divertido, há tanto para ver, por isso não há um dia em que não tenha nada para fazer. É muito diferente daquilo a que estou habituada em Montreal, que é uma cidade com muitos carros, muito movimento. Aqui é muito mais calmo e verde. Vir cá é quase como entrar em modo ‘zen’. Acalma-te, retira-te o stress... As pessoas vivem um dia de cada vez”, admite a luso-descendent­e, em declaraçõe­s a Record, à margem do Red Bull Cliff Diving. Um evento que diz muito a Meaghan... mas apenas por haver água e saltos envolvidos na equação. É que saltar de 28 metros de altura (ou 21 no caso das mulheres) é algo que considera uma loucura apenas ao alcance dos atletas que

competem naquele campeonato. “Até agora o meu máximo foram 14 metros, mas sem estes malabarism­os todos que eles fazem”, lembra a atleta olímpica, entre risos. “Eles são loucos... É impression­ante. Até agora apenas tinha visto na televisão, mas estar aqui e ver toda a ação ao vivo é completame­nte diferente. Vemos que eles estão mesmo assustados lá em cima, nervosos, stressados com toda a situação... Depois há a realçar o facto de os Açores estarem no mapa, o que é algo importante”, admite a luso-descendent­e, que nos Açores, ao lado do compatriot­a David Colturi, ainda fez um salto de experiment­ação, mas apenas a... 10 metros, a altura a que está LIGAÇÃO EVIDENTE habituada nas suas lides habituais, ainda que nesse caso seja numa piscina e não para as águas do Oceano Atlântico.

A amiga Marta

No primeiro dia no âmbito das atividades do Red Bull Cliff Diving, chamou a atenção da imprensa a camisola que Meaghan utilizava. As cores de Portugal e o símbolo do COP, a indumentár­ia utilizada pe- los atletas olímpicos nacionais nos Jogos do Rio de Janeiro’2016. Uma homenagem ao país onde tem raízes bem fortes, graças a uma oferta de Marta Pen Freitas, atleta olímpica do Benfica com a qual mantém contacto desde então. “Mandei-lhe uma mensagem no Rio de Janeiro, em 2016, através do Instagram, para ver se tinha algo para trocar comigo, porque achei que era muito importante ter algo de Portugal”, recorda. A resposta foi positiva e, dois anos volvidos, a camisola continua intacta e Meaghan exibe-a com todo o orgulho, como se pôde ver nas várias horas que passou em contacto com a imprensa portuguesa no ilhéu de Vila Franca do Campo, sempre de sorriso no rosto e com disponibil­idade para atender a todas as solicitaçõ­es.

De lá para cá, mantiveram contacto e o desejo da canadiana é que haja novo encontro... agora em Tóquio, no Jogos Olímpicos de 2020. “Vamos ver. Tenho de me qualificar ainda, mas esse é o objetivo. Espero que ela esteja lá também, para ter alguém para acompanhar no atletismo”, conclui.

FILHADE LUSO-DESCENDENT­ES, MEAGHAN VEIO PELATERCEI­RAVEZ AOS AÇORES E FICOU UMAVEZ MAIS ENCANTADAC­OM AILHA

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ANIMADA. Sempre de sorriso no rosto e equipada a rigor com uma camisola com as cores portuguesa­s, Meaghan pareceu sentir-se em casa nas várias horas que passou em contacto com a imprensa
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