Record (Portugal)

“Agora não tenho medo”

O holandês assumiu que foi abordado por diversos clubes nas últimas semanas mas após ponderação preferiu voltar

- JOÃO SOARES RIBEIRO

garantias de Sousa Cintra em relação à segurança acabaram por revelar-se decisivas para assegurar o regresso de Bas Dost. O avançado, após ter assinado um novo contrato válido para as pró- ximas três temporadas, assumiu que “teve medo” após o ataque, mas a relação que criou com os adeptos nos últimos dois anos ajudou-o a aceitar o regresso. “Houve um tempo em que não pensei voltar a sentar-me aqui porque acontecera­m coisas muito más. Mas pensei durante algum tempo com a minha família e conclui que este é o meu clube”, afirmou ontem o holandês, no Auditório Artur Agostinho, onde revelou ter passado por momentos complicado­s após o ataque do passado dia 15 de maio: “Depois do ataque tive muito medo, não conseguia ver pessoas pois não sabia o que podiam fazer, não tenho conseguido estar com muita gente... Mas falei com pessoas que me ajudaram a superar esta situação e estou-lhes agradecido.” Procurando por um ponto final na situação, o atacante garantiu que tudo foi ultrapassa­do com a ajuda do líder da SAD. “Agora não tenho medo. Sinto-me confiante pois o presidente disse que seriam feitas muitas coisas em relação à segurança. Acredito que a partir de agora vai correr tudo muito bem”, acrescento­u o jogador, de 29 anos, que admitiu não ter voltado ainda à academia após o ataque – o reencontro será amanhã.

Assediado

Desde que rescindiu contrato com o Sporting, Bas Dost foi aliciado por diversos clubes que lhe ofereceram condições financeira­s muito vantajosas. O goleador assumiu os convites e disse que decidiu voltar pois vê no Sporting um “clube especial”.

“Toda esta situação foi boa para os outros clubes. Tentaram tirarme do Sporting ao apresentar-me boas propostas, e isso é a única coisa que posso dizer. Mas não me interessou e acabei por escolher o Sporting”, esclareceu o pontade-lança, que não avançou com os nomes das equipas interessad­as no seu concurso. Fazendo questão de fundamenta­r a sua decisão, o atacante lembrou que a sua ideia já passava por permanecer em Portugal. “O Sporting é um clube especial e, antes do ataque, lembro-me que falei com a minha namorada sobre a possibilid­ade de ficar muito tempo. Estou satisfeito”, frisou. *

“DEPOIS DO ATAQUE TIVE MUITO MEDO, NÃO CONSEGUIA VER AS PESSOAS POIS NÃO SABIA O QUE PODIAM FAZER”, RECONHECE

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