Novo desafio na carreira de um génio
do qual era sempre o epicentro indiscutível, como inspirador dos companheiros, ameaça para os adversários e eterno protagonista do espetáculo. Não é líquido que tal se repita agora em Itália. Foi a exuberância física, a impressionante regularidade e o talento grandioso que sustentaram a aura de génio absoluto, para muitos o maior de todos os tempos. Em Itália, onde só se glorifica a eficácia e rende tributo a dados concretos, como jogos, minutos, assistências e golos, CR7 está condenado a não descurar a estatística e os recordes; a manter a gloriosa capacidade para se construir com números e distinções individuais, ultrapassando limites cuja dimensão o tempo acentuou. Na Juve só cumprirá todos os requisitos da milionária contratação se, por exemplo, fizer mais de 30 golos numa época (só por duas vezes isso foi conseguido); se acrescentar mais títulos de campeão nacional (e vão sete seguidos para a Signora) e se conseguir liderar a Juventus à terra prometida da Champions (só duas no palmarés). Vai precisar, entre os 33 e os 37 anos, de repetir o que fez dos 20 até aqui. Ninguém o conseguiu. Mas os outros não se chamavam Cristiano Ronaldo.
EM ITÁLIA, ONDE SÓ SE GLORIFICA A EFICÁCIA, CR7 NÃO PODE DESCURAR A ESTATÍSTICA. VAI PRECISAR, ENTRE OS 33 E OS 37 ANOS, DE REPETIR O QUE FEZ DOS 20 ATÉ AQUI. NINGUÉM O CONSEGUIU. MAS OS OUTROS NÃO SE CHAMAVAM CRISTIANO RONALDO