SERENA DIZ-SE DISCRIMINADA
Ex-número 1 assegura ser submetida a mais controlos antidoping do que as suas rivais
As queixas não são novas. Pela segunda vez em menos de um mês, Serena Williams, ex-líder mundial e recentemente finalista de Wimbledon, criticou publicamente o número de controlos antidoping a que tem sido sujeita, em especial nos últimos tempos. Através das redes sociais, a norte-americana relatou mais um controlo em sua casa. “Chegou aquele momento do dia: mais um teste antidoping daqueles que só se fazem à Serena. De entre todos os jogadores, já provei que sou a mais testada? Porquê eu? Discriminação? Penso que sim. Mas pelo menos ajudo a manter este desporto limpo”, disparou Williams. Durante o torneio de Wimbledon, Serena foi confrontada com os números de que as suas compatriotas Madison Keys e Sloane Stephens haviam sido testadas muito menos vezes na primeira metade de 2018, algo que a deixou bastante revoltada. “Assim que puder, vou à procura de respostas,
“PORQUÊ EU? DISCRIMINAÇÃO? PENSO QUE SIM”, DISPAROU WILLIAMS, APÓS MAIS UM CONTROLO PELA USADA
mas agora não é altura, estamos a meio de Wimbledon”, confessou, há duas semanas. As respostas parece que ainda não chegaram e as perguntas da americana são... cada vez mais.
USADA ‘em cima’ de Serena
Analisando os números da Federação Internacional de Ténis (ITF), e pela Agência de Antidoping norte-americana (USADA), percebese que Williams não é submetida a mais controlos do que as suas rivais pela ITF (tem mesmo menos controlos do que a maioria das top 10 nos últimos 5 anos), mas o mesmo não se pode dizer... da USADA. A agência norte-americana já controlou Williams por 5 vezes em 2018. No mesmo período, a sua irmã Venus fez 2 testes, CoCo Vandeweghe igualmente 2, ao passo que as finalistas do US Open e duas melhores americanas do ranking – Stephens (3ª WTA) e Keys (12ª) – só foram controladas pela USADA... uma única vez. Em contrapartida, Roger Federer diz já ter sido testado sete vezes num mês, esta temporada... *