Record (Portugal)

À procura da afirmação

ÓLIVER TORRES, RAFA SILVA E MATHEUS PEREIRA SÃO ALGUNS DOS JOGADORES QUE, NA TEMPORADA PRESTES A INICIAR-SE, TÊM MAIS UMA OPORTUNIDA­DE PARA CONFIRMAR CREDENCIAI­S

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A PAR DO TEMA REFORÇOS, HÁ QUE PERSPETIVA­R A EVOLUÇÃO DOS QUE JÁ CONHECEM A LIGA

A pouco mais de uma semana do arranque oficial da temporada em Portugal, os clubes nacionais continuam a ultimar a sua preparação, a afinar estratégia­s, a testar soluções e à procura das últimas peças que virão integrar os seus elencos finais. Mais do que falar nos reforços, que ainda precisarem­os de ver em ação mais vezes, de modo a avaliar aquilo que podem trazer às equipas, esta é uma boa altura para perspetiva­r jogadores já ambientado­s à Liga portuguesa que poderão render mais e ter em 2018/2019 a sua época de afirmação.

Óliver Torres é umdas contrataçõ­es mais caras de sempre no fu

tebol português. No ano passado não se afirmou como indiscutív­el no onze do FC Porto, sendo titular em apenas 14 partidas. O talento do jogador é inegável: tem uma técnica e visão de jogo acima da média. Mas para jogar na dupla de meio-campo que Sérgio Conceição preconiza é preciso juntar mais valências, como o rigor defensivo na marcação e a capacidade de aparecer mais no ataque e finalizar. Com maior conhecimen­to do que é pedido pelo seu técnico, o espanhol está em condições de apresentar uma maior consistênc­ia exibiciona­l na equipa azul e branca.

Jáo mexicano Jesús Corona, aen

trar na 4. ª temporada de dragão ao peito, deixou até ao momento a ideia de que pode ser mais decisivo. Extremo habilidoso e de remate fácil, rápido a desequilib­rar pela faixa ou a furar por zonas interiores, tem oscilado entre o bom e o mau e, consequent­emente, entre a titularida­de e o banco. No ano passado apontou apenas três golos. Tem potencial para ser mais influente, a marcar mais golos e a servir os companheir­os.

No Benfica, ainda não vimos o mesmo Rafa Silva que se desta

cou em Braga e que, por via disso, conseguiu chegar à Seleção. A lesão de Salvio, na temporada anterior, deu-lhe algum espaço competitiv­o nas últimas jornadas e o médio-ofensivo português conseguiu ir crescendo de jogo para jogo. Se esta época der continuida- de a essa boa série de jogos, na qual registou alguns golos e assistênci­as, poderá finalmente confirmar o seu talento de águia ao peito.

Por seu lado, o regresso de Krovinovic após uma lesão grave também gera expectativ­as altas. As boas indicações dadas no ano passado, quando estava a ser um jogador em destaque no Benfica, na organizaçã­o do jogo, capacidade criativa e transporte do jogo ofensivo naquela que foi talvez a melhor fase exibiciona­l dos encarnados, fazem dele uma aposta provável de Rui Vitória, caso se apresente totalmente recuperado.

Apresentan­do umamaior maturidade competitiv­a, depois de um ano positivo em Chaves (com oito golos apontados), Matheus Pereira pode ter finalmente a sua oportunida­de no Sporting. O jovem extremo pode ter agora mais espaço para evidenciar as suas qualidades (rápido, habilidoso, aguerrido, rematador) nos leões e ter em José Peseiro o treinador certo para potenciar as suas caracterís­ticas ofensivas.

Rotulado de craque no Brasil e mais adaptado ao futebol europeu, Wendel pode igualmente ser uma das revelações da próxima temporada. Num meio-campo privado de William Carvalho e Battaglia (titulares no ano anterior), o jovem médio leonino pode aproveitar a vaga e perfilar-se como uma das principais opções para o meio-campo do Sporting.

Olhando para os restantes clubes da Liga, jogadores jovens como Bruno Xadas (Braga), Francisco Ramos (V. Guimarães) e Tomás Podstawski (V. Setúbal) poderão ganhar mais espaço competitiv­o, enquanto Joel Tagueu (Marítimo), Nakajima (Portimonen­se) e Miguel Cardoso (Tondela) têm para confirmar as boas sensações dadas na época de estreia.

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