A CONSEQUÊNCIA FATAL DE METER O PÉ NA POÇA
Golo decisivo dos polacos surgiu num contra-ataque em que Buatu falhou na tentativa de interceção
O Rio Ave saiu da Polónia sem o tal resultado positivo que tanto desejava. Mas ao intervalo da eliminatória, a diferença é de apenas um golo, pelo que a equipa de Vila do Conde ainda pode sonhar com uma cambalhota neste duplo confronto com o Jagiellonia. A derrota de ontem tem um sabor especialmente amargo para os homens de José Gomes, atendendo às várias oportunidades de golo criadas. Mas o futebol é pródigo em mudanças repentinas de contexto, tal como a meteorologia... As equipas fizeram o aquecimento debaixo de um intenso calor e, pouco depois, começaram a partida sobre um relvado completamente encharcado, consequência da forte tempestade que caiu sobre o Estádio Miejski nos 10 minutos que antecederam o apito
DESFECHO INGLÓRIO PARA A EQUIPA PORTUGUESA, QUE CRIOU OS MELHORES LANCES DE GOLO AO LONGO DO DUELO
inicial e que obrigou muita gente a abrigar-se… Um pormenor com o qual ninguém estava a contar para a partida de ontem. Estava um cenário propício a que alguém metesse o pé na poça. Foi o que aconteceu com Buatu, ao falhar claramente o corte na jogada do golo do Jagiellonia, aos 9’. Um rápido contra-ataque polaco e a bola ficou à mercê de Machaj, eficaz. Uma vantagem que os polacos não justificavam, tendo em conta duas ameaças iniciais do Rio Ave, sobretudo de Galeno, aos 5’. A partir do golo o jogo mudou de contexto, Diego Lopes saiu por lesão, e a equipa portuguesa tomou as rédeas do jogo, à procura do empate, face a um Jagiellonia que se limitou a apostar nos seus pontos fortes, as transições ofensivas. Até ao intervalo, o Rio Ave dispôs de mais duas claras oportunidades, de Bruno Moreira e também num lance em que Mitrovic não fez autogolo graças ao… poste. Como se previa, foi sobretudo pelo espaço exterior que jogou a equipa polaca, mas também com recurso ao contacto físico e a várias faltas... Situação que se foi re- petindo em algumas fases da segunda parte.
O Rio Ave procurou, por vezes sem tomar as melhores decisões – algo esperado, tendo em conta o tempo de preparação da equipa –, chegar ao golo da igualdade. Galeno esteve nos dois melhores lances rioavistas na etapa complementar. José Gomes refrescou a equipa, lançou Schmidt e o jovem Damien, mas de nada valeu. *