PUTOS DE OURO
FOI PRECISO USAR... MARTELO PARA SERMOS CAMPEÕES DA EUROPA
GOLO DO JOVEM AVANÇADO GARANTE VITÓRIA JUSTÍSSIMA JOÃO FILIPE VOLTA A ENCANTAR E JUVENTUS DÁ 7 M€ POR TRINCÃO HÉLIO SOUSA “Estes meninos são umas joias”
PORTUGAL CONQUISTA O TÍTULO QUE LHE FALTAVA
Seinajoki, na distante Finlândia, entrou ontem nas páginas mais douradas do futebol português. A já chamada nova Geração de Ouro conquistou o Europeu do escalão de sub-19, numa vitória épica sobre a Itália, por 4-3, após prolongamento, vingando a final perdida em 2017, frente a Inglaterra, e dando sequência ao título europeu de sub-17 conquistado no Azerbaijão, em 2016.
Foi o primeiro título nacional no Europeu da categoria, depois das finais de 2003, 2014 e do ano transato. Pedro Correia - que gosta de ser tratado por ‘Martelo’ – foi o autor do golo decisivo, aos 109 minutos. E não é necessário recuar muito no tempo para recordar outro suplente a apontar o golo, decisivo, aos 109’, pois não? Pois... esse mesmo, Eder. O trabalho do avançado, na área transalpina, foi de magia e do seu pé direito saiu uma ‘martelada’ que entra para a memória do futebol.
A Seleção Nacional, comandada por Hélio Sousa, foi sublime no relvado em todos os momentos da partida, mesmo com o contratempo inicial da lesão de Miguel Luís. Nuno Henrique – que dá pelo nome de ‘Pina’ – ocupou o seu lugar no onze que começou a dominar a partida. João Filipe – que tem ‘Jota’ na camisola – abriu o livro logo nos momentos iniciais, bem secundado pela fanta- sia de Trincão, o rigor de Florentino e Quina, no centro do terreno, e o pulmão de Rúben Vinagre para empurrar a Squadra Azzurra para a sua área. Foram várias as investidas portuguesas, mas o sucesso demorava a chegar. Foi preciso o aproximar do intervalo para se assistir ao primeiro golo: João Filipe (quem mais...), num remate de fora da área, contou com a colaboração de Plizzari para abrir o marcador. O mais difícil estava feito.
BIS DE JOÃO FILIPE E GOLO DE TRINCÃO LANÇARAM A SELEÇÃO RUMO AO PRIMEIRO TÍTULO EUROPEU SUB-19
Jogo vertiginoso
Após o descanso, a Itália surgiu mais afoita no jogo, com desejo de dominar. Mas a defesa portuguesa, muito segura, bastava para contrariar o ímpeto transalpino, e o contra-ataque da Seleção ameaçava o golo que podia selar a partida. Aos 72’, Trincão, assistido por João Filipe, faz o 2-0 e o título estava perto. Puro engano... Dois minutos de pânico, entre os 75 e 76’, bastaram para Moise Kean bisar e colocar a Seleção em sentido. O empate não se desfez e foi já no prolongamento que o jogo atingiu níveis vertiginosos. Portugal volta à vantagem, por João Filipe, aos 104’, mas Scamacca, aos 107’, de cabeça, empata. Até Martelo marcar o golo que permitiu a esta geração celebrar o merecido título. *