RICCIARDI CANDIDATO
MIGUEL VELOSO NAS MÃOS DE PESEIRO
“Não permitirei que o clube deixe de ser maioritário na SAD”
José Maria Ricciardi é o nono candidato às eleições do Sporting. Após um período de reflexão, decidiu avançar, por entender que as outras listas “não reúnem as condições” que considera necessárias para enfrentar um período complicado na história do clube. “Acho que tenho uma experiência bastante longa na banca e na atividade económica e financeira. Em breve também vou apresentar uma equipa muito forte e coesa que será transversal. Não venho para fazer número, venho para ganhar”, garante o banqueiro, que se mostra indiferente a rótulos: “Estou-me nas tintas para que me chamem croquete. O Sporting é um clube representado por todas as classes sociais. Na minha lista não há elites, só sportinguistas que querem ajudar.” O candidato promete uma gestão muito criteriosa e manter a maioria da SAD. “Não permitirei que o clube deixe de ser maioritário na SAD”, garante. “O nível de despesas é muito elevado e o esforço de tesouraria muito grande. Terá de haver um esforço de ges-
“ESTOU-ME NAS TINTAS PARA QUE ME CHAMEM CROQUETE. O SPORTING É REPRESENTADO POR TODAS AS CLASSES”
tão muito eficiente, racional e sustentada para o Sporting ombrear com os rivais”, prossegue, admitindo também que será remunerado, tal como a sua equipa.
Pela paz no futebol
Garantido que está cansado do “clima de guerra no futebol”, José Maria Ricciardi promete que consigo haverá uma nova filosofia. “Quero reatar relações com clubes, incluindo o Benfica, pois esta luta fratricida só retira receitas e gente dos estádios”, assume o associado, que também promete um projeto desportivo ambicioso: “É muito importante estar na Champions e a melhor maneira de consegui-lo é sendo campeão. Nas modalidades queremos continuar a ser um clube eclético, mas o principal esforço será no futebol. Nos últimos 30 anos fomos campeões duas vezes.” Agradecendo o trabalho que está a ser feito por Sousa Cintra e pela Comissão de Gestão, o banqueiro manifesta-se contrário às candidaturas de Bruno de Carvalho e Carlos Vieira. “Quem come- te ilegalidades e elege órgãos ilegítimos não pode concorrer às eleições. É a minha opinião, caberá aos órgãos decidirem”, alerta. Dando o seu total apoio a José Peseiro, José Maria Ricciardi também comentou as rescisões. “Penso que os jogadores se precipitaram. Compreendo o terror, mas depois da destituição deviam ter tido calma”, conclui.