GERAINT THOMAS VENCEDOR
Geraint Thomas coroado nos Campos Elísios como sucessor de Chris Froome no palmarés do Tour
Nunca ninguém, na Sky, tinha conseguido anular os líderes e coroar-se campeão do Tour. Houve quem tenha abandonado a equipa precisamente para deixar de ser gregário e para ter a oportunidade de ser chefe de fila. Foi o que fez o Richie Porte em 2016, ao transitar para a BMC. O australiano ainda não conseguiu os seus intentos: vencer um Tour.
Geraint Thomas não precisou de abandonar a equipa para ser coroado campeão nos Campos Elísios. O britânico, nascido no País de Gales há 32 anos, soube esperar pela sua vez, e por que não dizer pela sorte que as circunstâncias de corrida ditaram, para, perante o líder da equipa, Chris Froome, suceder-lhe no palmarés. Desde sempre um gregário de luxo de Froome, Thomas estava preparado de novo para o ser em 2018. Mas foi sempre colocado como o plano B da equipa para atacar a amarela, plano esse que começou a ser vaticinado logo na primeira etapa, quando Froome perdeu quase um minuto devido a queda. A partir daí, o vencedor de quatro Tours e que chegou a França ‘in extremis’ depois de ter sido ilibado do positivo por salbutamol na Vuelta de 2017, nunca mais conseguiu passar para a frente do colega na classificação geral. Também porque Thomas esteve forte, primeiro nos Alpes, com vitórias em duas etapas, uma deles no Alpe d’Huez, depois nos Pirenéus, onde controlou bem os ataques dos adversários, ataques esses que na realidade não foram assim tão fortes e consistentes.
Ouro olímpico
Tal como Bradley Wiggins (vencedor do Tour em 2012), Geraint Thomas também tem um passado glorioso na pista, com medalhas de ouro em Jogos Olímpicos. *