CRITÉRIO MAIS LARGO MAS COM RÉDEA CURTA
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Menos penáltis, critério uniforme e foco no combate às faltas de respeito e ao antijogo. Eis o resumo do novo ‘livro de estilo’ dos árbitros para a temporada 2018/19, explicado à imprensa desportiva pelo Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol. Com uma série de diretrizes dadas aos juízes neste defeso, um dos principais destaques vai para a vontade de haver um critério mais largo no que a penáltis diz respeito. “Não marquem pequenos contactos ou pseudopenáltis. Deixem os jogadores cair”, foi explicado, na medida em que é preciso haver causa e efeito para ser assinalado pontapé de penálti. Por outro lado,
CONSELHO DE ARBITRAGEM DEU DIRETRIZES AOS JUÍZES PARA QUE OS PSEUDOPENÁLTIS NÃO SEJAM ASSINALADOS
a indicação dada quanto aos lances de mão na bola, o CA assinala que, na dúvida, é para não punir. Se houver muitos ‘ses’ é porque não há penálti, de forma a manter o critério largo, dependendo se a ação é deliberada ou não, e não se altera a trajetória da bola, por exemplo.
No entanto, as malhas da disci- plina vão apertar. A rédea irá tornar-se mais curta, uma vez que os árbitros “vão ser implacáveis quando houver faltas de respeito”. Quando a autoridade de um juiz for posta em causa, seja com protestos, insultos ou ameaças, a tolerância será nula e a punição pesada. Por exemplo, pedidos ostensivos de amarelos para adversários ou de visionamento das imagens do vídeo-árbitro serão punidos com… cartão amarelo. Também o antijogo vai merecer atenção especial. Quando um ár- bitro perceber que “há um ato deliberado de perda de tempo, irá avisar o jogador de quantos minutos vai dar a mais, e depois, se calhar, até dará por excesso”. Essa conduta será mais vezes punida e haverá cuidado para identificar casos de perda de tempo dos guarda-redes, que deverão ver amarelo mais cedo. Além disso, os árbitros estarão mais sensibilizados para a simulação de lesões, tentando controlar o que é ou não verdade, havendo hipótese de advertir. *