SAD SOB IMPUGNAÇÃO
Sócios só souberam da oferta de um milhão de euros, por 90%, do genro de Joaquim Oliveira
A venda de 90% SAD do Penafiel à empresa Gradual Score, por um milhão de euros, está no centro de uma polémica crescente que pode conduzir a uma batalha judicial. Paulo Ribeiro, antigo dirigente e empreendedor local, personifica o descontentamento dos associados que, desde a aprovação do negócio votada a 23 julho, estão a ganhar consciência de que existiam outras propostas, mais vantajosas, das quais não lhes foi dado conhecimento. Por esse motivo, está a ser preparado um pedido de impugnação da assembleia, que está a ser conjugado com uma providência cautelar que pode avançar em paralelo. O objetivo é de que o processo seja alvo de uma reapreciação. Paulo Ribeiro foi um dos 14 sócios que votaram contra a aprovação da SAD nestas condições. A par da sua vida empresarial, esteve na direção dos durienses entre 2012 e 2017 como vice-presidente do marketing, mas uma série de acontecimentos levaram-no a apresentar a demissão.
“Eu estive cerca de dois meses, entre setembro e novembro do ano passado a negociar com o António Gaspar Dias a compra do clube por 1 milhão e 800 mil euros e a divisão ficaria em 49% para o clube e 51% para a SAD. Acabámos por não chegar a acordo, mas concluímos as conversações até de forma cordata. Mais tarde, numa reunião de direção, decidi apresentar a carta de demissão porque
PAULO RIBEIRO DIZ QUE EXISTEM MAIS PROPOSTAS. ELE PRÓPRIO OFERECEU 1,8 MILHÕES DE EUROS POR 51% DA SOCIEDADE
o presidente tem um enorme conflito de interesses e isso só prejudica o clube. Repare, ele vai gerir três empresas: o clube, a SAD e ainda é presidente da Penafiel Verde, uma empresa camarária. Quando se mistura política com futebol, nem é preciso dizer mais nada…”, acusou o empresário que, conta, é penafidelense de gema e foi jogador e treinador das camadas jovens do Penafiel. Paulo Ribeiro dá o passo em frente, mas sabendo que está a dar a voz a muitos penafidelenses preocupados com o futuro do clube e aponta falta de credibilidade e transparência à AG de dia 23, na qual, diz, os números finais não são o que parecem. “Muitos sócios não sabiam da assembleia geral e a maior parte só soube em cima da hora. Quem votou foi um universo muito reduzido e nem vale a pena apontar quem são, toda a gente sabe. Ainda para mais, o presidente tem a claque bem controlada e isso tem muita importância também. Para