“CANDIDATO-ME POR DEVER E NÃO POR AMBIÇÃO”
O que tem feito desde que anunciou a intenção de ir a votos? DIAS FERREIRA – Anunciei a minha intenção em me candidatar após a assembleia geral (AG) destitutiva. Antes disso não tinha nada decidido, não gosto de tomar decisões importantes segundo cenários possíveis. Não achei que devêssemos discutir eleições sem haver razão para as fazer. A partir do momento em que se determinou eleições, então já há tempo para se pensar nas coisas de outra maneira. Entendi, com a construção da Comissão de Gestão, que não de- veria começar logo a fazer barulho. Tive de medir tudo. A primeira era questionar-me se podia, se devia, se queria avançar. A todas estas perguntas respondi afirmativamente. Senti-me motivado.
E então montou a sua equipa. DF - Sim, fui à procura. Não fiz questão de arranjar nomes mais ou menos sonantes e não me preocupei com comissões de honra, não obstante muita gente me perguntar. Escolhi a equipa que queria e não a que as pessoas dissessem que eu deveria querer. O universo do Sporting é muito rico, mas não quero pessoas que não tenham vida, ou seja, que precisem do Sporting para sobreviver. Quis pessoas competentes, com conhecimento e paixão pelo clube e que não tenham um perfil tecnocrático. Temos de ter a coragem de chamar para a primeira linha pessoas que são de grande valor, e nisso o Sporting tem uma riqueza imensurável, basta percorrer os cadernos eleitorais. Hoje posso dizer que estou com as pessoas que quero. Este tempo foi gasto nisso, ainda que possa dar a impressão a algumas pessoas que desisti ou que fui incorporado. Está na minha mente ir até ao fim.
Foi candidato em 2011 e esteve perto de avançar em 2013. Anos volvidos, imaginava que estaria de novo nesta posição?
DF - Não imaginava nem queria desejar, de maneira alguma. Julgo que não passou pela cabeça de ninguém que iria haver eleições tão rapidamente e neste panorama.
Conhecendo os restantes candidatos, acredita que o seu rosto é um dos mais fortes?
DF - Acho que sim, senão não estava aqui. Não é uma questão de rosto, é uma questão de passado e presente. Não preciso de me dar a conhecer, porque os sportinguistas conhecem-me.
Ou seja, baseia essa convicção no seu mérito e não no possível demérito dos seus adversários?
DF - Exato. Nem sequer tenciono falar em deméritos. É uma questão objetiva. Os sócios é que vão julgar se tenho ou não mérito. Agora, que tenho factos que podem levar à conclusão desse mérito, isso sem dúvida. E mais nenhum candidato os tem como eu.
Por ser um nome conhecido no
“TIVE DE MEDIR TUDO. QUESTIONEI-ME SE PODIA, DEVIA E SE QUERIA AVANÇAR. A TODAS RESPONDI AFIRMATIVAMENTE”