Record (Portugal)

“CANDIDATO-ME POR DEVER E NÃO POR AMBIÇÃO”

- TEXTOS ALEXANDRE MOITA E RICARDO GRANADA FOTOS PAULO CALADO

O que tem feito desde que anunciou a intenção de ir a votos? DIAS FERREIRA – Anunciei a minha intenção em me candidatar após a assembleia geral (AG) destitutiv­a. Antes disso não tinha nada decidido, não gosto de tomar decisões importante­s segundo cenários possíveis. Não achei que devêssemos discutir eleições sem haver razão para as fazer. A partir do momento em que se determinou eleições, então já há tempo para se pensar nas coisas de outra maneira. Entendi, com a construção da Comissão de Gestão, que não de- veria começar logo a fazer barulho. Tive de medir tudo. A primeira era questionar-me se podia, se devia, se queria avançar. A todas estas perguntas respondi afirmativa­mente. Senti-me motivado.

E então montou a sua equipa. DF - Sim, fui à procura. Não fiz questão de arranjar nomes mais ou menos sonantes e não me preocupei com comissões de honra, não obstante muita gente me perguntar. Escolhi a equipa que queria e não a que as pessoas dissessem que eu deveria querer. O universo do Sporting é muito rico, mas não quero pessoas que não tenham vida, ou seja, que precisem do Sporting para sobreviver. Quis pessoas competente­s, com conhecimen­to e paixão pelo clube e que não tenham um perfil tecnocráti­co. Temos de ter a coragem de chamar para a primeira linha pessoas que são de grande valor, e nisso o Sporting tem uma riqueza imensuráve­l, basta percorrer os cadernos eleitorais. Hoje posso dizer que estou com as pessoas que quero. Este tempo foi gasto nisso, ainda que possa dar a impressão a algumas pessoas que desisti ou que fui incorporad­o. Está na minha mente ir até ao fim.

Foi candidato em 2011 e esteve perto de avançar em 2013. Anos volvidos, imaginava que estaria de novo nesta posição?

DF - Não imaginava nem queria desejar, de maneira alguma. Julgo que não passou pela cabeça de ninguém que iria haver eleições tão rapidament­e e neste panorama.

Conhecendo os restantes candidatos, acredita que o seu rosto é um dos mais fortes?

DF - Acho que sim, senão não estava aqui. Não é uma questão de rosto, é uma questão de passado e presente. Não preciso de me dar a conhecer, porque os sportingui­stas conhecem-me.

Ou seja, baseia essa convicção no seu mérito e não no possível demérito dos seus adversário­s?

DF - Exato. Nem sequer tenciono falar em deméritos. É uma questão objetiva. Os sócios é que vão julgar se tenho ou não mérito. Agora, que tenho factos que podem levar à conclusão desse mérito, isso sem dúvida. E mais nenhum candidato os tem como eu.

Por ser um nome conhecido no

“TIVE DE MEDIR TUDO. QUESTIONEI-ME SE PODIA, DEVIA E SE QUERIA AVANÇAR. A TODAS RESPONDI AFIRMATIVA­MENTE”

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