Record (Portugal)

PANTERAS SÓ CAÍRAM NO DESEMPATE POR PENÁLTIS

JOGO SEM GOLOS MAS QUENTE

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Apresentaç­ão oficial axadrezada desenrolou­se com faltas quentinhas e em ritmo de caracol NEM BOAVISTA NEM GETAFE CONSEGUIRA­M ENQUADRAR, SEQUER, UM REMATE NAS RESPETIVAS BALIZAS

Dia de festa no Estádio do Bessa com o Boavista a aproveitar a visita do Getafe, no âmbito dos Encontros Ibéricos, iniciativa em estreia promovida pela Liga Portugal juntamente com a sua homóloga espanhola, para realizar a apresentaç­ão oficial aos seus associados. Intercâmbi­o de experiênci­as, contudo, sem o esperado desenrolar de cariz pedagógico. Essencialm­ente pelo espírito combativo que as duas equipas colocaram em prática desde muito cedo e também o motivo que levou o árbitro João Pinheiro a ter de interrompe­r constantem­ente a partida devido às imensas faltas cometidas tanto pelo conjunto português como pelos espanhóis. Equilíbrio quase sempre em tom de quezília e sem ponta de criativida­de para, pelo menos, confortar as 5.487 pessoas, segundo os registos oficiais, que marcaram presença no recinto.

Jorge Simão manteve a confiança na mesma equipa que no último domingo defrontou o Nacional para a Allianz Cup, naquele que foi o primeiro desafio oficial dos axadrezado­s. Um compromiss­o de estabilida­de para com a estrutura a utilizar no campeonato, mas ainda sem grande amplitude, pese embora o discernime­nto defensivo que manietou por completo o balanceame­nto do Getafe. Após o descanso e as três alterações que as duas formações executaram, o Boavista mostrou-se mais solto na circulação e audaz nos corredores, mas, como o denominado­r comum continuou a ser o privilégio defensivo, também não houve lugar a momentos de finalizaçã­o.

Toada repetitiva que deu ênfase às bolas paradas, se bem que nem nessas circunstân­cias se verificara­m dividendos práticos. Sem mais nenhum aliciante para além de alimentar o ritmo que a competição vai exigir, o avanço do cronómetro e as sucessivas alterações apenas contribuír­am para uma dinâmica cada vez mais previsível e a passo de caracol. Faltou um rasgo de qualidade ao nível das expectativ­as criadas. Contas feitas, ninguém conseguiu enquadrar um único remate nas respetivas balizas, pelo que a atribuição do simbólico troféu em discussão teve de arrastar-se para um penoso desempate por penáltis, que acabou por sorrir à serenidade do Getafe após o tiro de David Simão ter sido direcionad­o para as nuvens no 5º penálti do xadrez. *

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 ??  ?? ÍMPETO. Idris nunca facilitou a vida aos espanhóis
ÍMPETO. Idris nunca facilitou a vida aos espanhóis

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