SEGREDO DE PIZZI FOI O DESCANSO

AUSÊNCIA DO MUNDIAL FOI ESSENCIAL Médio do Benfica surge revigorado após... férias normais. Amigos de Bragança atestam-no

A ausência de Pizzi do Campeonato do Mundo redundou numa ‘bênção’ para o Benfica. O médio português mostrou estar em grande forma no arranque do Campeonato Português, rubricando um hat trick, em 38 minutos, ao V. Guimarães. A justificação para este momento poderá estar... nas férias. O camisola 21 do Benfica cumpriu em 2018 um período de férias considerado normal, ou seja, sem integrar a Seleção em qualquer competição internacional no verão.

Ora, será essa a explicação para o menor fulgor do transmontano, de 28 anos, na reta final de 2017/18. Pizzi foi um dos 23 escolhidos de Fernando Santos para disputar a Taça das Confederações, competição na qual Portugal atingiu as meias-finais, caindo nos penáltis aos pés do México, a 2 de julho de 2017. Findou a época com a conquista da Taça de Portugal, a 28 de maio e chegou à concentração lusa a 1 de junho, apenas três dias de descanso aos quais juntou 20 concedidos após a participação na prova da Rússia, em 2017. O cenário foi bem diferente em 2018: fora do Mundial, Pizzi entrou de férias após o fim da Liga, a 14 de maio, e regressou aos trabalhos com os restantes companheiros a 28 de junho. Um mês e meio de férias para recarregar baterias fez a diferença que também a estrutura encarnada encara como decisiva

“NA ÚLTIMA TEMPORADA PAGOU A FATURA DA PARTICIPAÇÃO NA TAÇA DAS CONFEDERAÇÕES”

para o aparecimento do ‘comandante’ na mó de cima em 2018/19.

Orgulho

Beto Antas, primeiro treinador de Pizzi nas camadas jovens, deixou claro que as férias foram ouro para o amigo. “A temporada passada é verdade que foi menos conseguida, devido à carga de jogos e ao pouco descanso, acabando por pagar a fatura”, reiterou a Record, revelando o “imenso orgulho” pelo desempe- nho ante o V. Guimarães e projetando o regresso à Seleção Nacional a breve trecho. Já Manuel Martins,

COMANDANTE. Pizzi começou Campeonato de forma fulgurante, apontando os três golos do triunfo das águias

PARA O MUSEU. O primeiro hat trick de Pizzi valeu-lhe uma bola autografada e uma dedicatória bem-disposta de André Almeida: “Depois diz que não cruzo para trás.”