Record (Portugal)

“Maioria da SAD ficará sempre nas mãos do clube”

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Face à realidade atual é admissível fazer outra reestrutur­ação financeira?

JMR – Não diria bem uma reestrutur­ação. Há alternativ­as que conhecemos bem e que já estavam a ser estudadas no Sporting – há que fazer essa justiça – nomeadamen­te a venda da totalidade do passivo com um certo desconto ou com ‘haircut’, como se diz na gíria financeira, a outras instituiçõ­es financeira­s estrangeir­as e depois também com um posterior adicional financiame­nto. Isto, se quiser, é uma reestrutur­ação e está sobre a mesa. Mas há outras soluções como trazer investidor­es e criar estrutura mais profission­al, mais simplifica­da, racional e coesa. Se nada for fei- to, o Sporting estará numa situação muito, muito complicada.

Nessas soluções não se admite a perda da maioria do capital na SAD?

JMR – Não, não. Damos a garantia de que a maioria da SAD ficará sempre nas mãos do Sporting. Mas também temos de passar a tratar bem os investidor­es. Isto de andar a maltratar os acionistas minoritári­os, como temos assistido, é algo que considero patético. Podemos trazer

novos acionistas mas sempre com uma certa limitação, uma vez que as regras da FIFA mudaram pois não permitem que as injeções de capital nas sociedades ultrapasse­m o valor das suas receitas. Se trouxermos novos investidor­es, o que pode ser combinado numa operação com os patrocínio­s ou com os ‘naming rights’, nunca poremos em causa a maioria do capital. *

“SOLUÇÕES? VENDA DO PASSIVO COM ‘HAIRCUT’ A INSTITUIÇÕ­ES FINANCEIRA­S ESTRANGEIR­AS E RACIONALIZ­AR A ESTRUTURA”

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