Rui Costa “horrorizado” sem... bicicleta e malas
A comitiva portuguesa compete hoje na prova de fundo do Campeonato da Europa de estrada, em Glasgow, Escócia, num circuito que assenta como uma luva aos sprinters, e a difícil missão nacional passa por tentar provocar e aproveitar situações de corrida que surpreendam os homens mais rápidos.
José Gonçalves, Ricardo Vilela, Rui Costa e Tiago Machado são os homens que o selecionador nacional, José Poeira, tem à disposição para enfrentar as 16 voltas ao circuito urbano de 14.400 metros (prova que irá totalizar 230 quilómetros), mas as coisas já começaram mal para Rui Costa, campeão mundial de 2013, que chegou à Escócia... sem bicicletas.
“Depois de um longo dia entre três voos, eis que chego a Glasgow mas sem malas. Graças à KLM, que me fez essa gentileza. E não garantem que cheguem a tempo da corrida. Estou horrorizado”, desabafou o ciclista nacional, na sua página de Face- book, antes de um segundo post que descansou os fãs. “A bicicleta foi encontrada e está a caminho”, revelou na altura.
Poeira analisa circuito
José Poeira, selecionador nacional, revelou o que espera da prova. “O circuito é, por assim dizer, demasiado urbano. Para nós seria mais favorável se a corrida saísse da cidade e pudesse passar por zonas de maior inclinação, mas não é isso que temos pela frente e devemos adaptar-nos ao percurso existente. A corrida vai passar por zonas de peões e até pelo interior de um parque. A luta pela colocação vai ser permanente e desgastante”, avisa. O lote de sprinters presentes é de respeito. É de crer que muitas seleções tudo farão para levar um grupo compacto para a discussão das medalhas na meta. Há, no entanto, outros países que têm a missão de tentar impedir o sucesso dos velocistas, como Portugal, que terá de bater-se numa corrida dura. *