(IN)JUSTIÇA NO FIM DO CLÁSSICO ILHÉU
Atrevimento do Santa Clara esbarrou em Am ir, perante Marítimo com poucas ideias mas feliz
MARÍTIMO COMPLICATIVO E COM POUCO DISCERNIMENTO, SÓ CONSEGUIU DESATAR O NÓ NUM PENÁLTI SOBRE O FINAL
Um penálti tão claro quanto escusado do ex-maritimista Patrick, no quinto minuto de descontos, proporcionou a Rodrigo Pinho o golo que valeu ao Marítimo a entrada com o pé direito na Liga, num clássico que foi verdadeiramente ilhéu: além das duas equipas, o impedimento de o árbitro Manuel Oliveira viajar obrigou a Liga a nomear o madeirense Anzhony Rodrigues, que acabou por ser figura central do jogo, mas tomou a decisão certa.
A justiça no futebol é muito subjetiva e ontem isso foi bem evidente. Se o Marítimo foi persistente até ao final, embora usando poucas vezes os melhores proces- sos para chegar ao golo, o Santa Clara mostrou-se superior em vários momentos – sobretudo na primeira parte –, mas falhou na finalização. Decisivos foram Amir e Rodrigo Pinho: o primeiro mostrou a sua categoria a negar os golos a Pineda, Zé Manuel e Thiago Santana (neste caso com a ajuda da trave); e o avançado, único jogador que Cláudio Braga lançou nos 90 minutos, acrescentou a objetividade que faltava – primeiro cabeceou para um voo cheio de estilo de Marco e, depois, bateu bem o penálti decisivo.
Eficácia
O Marítimo arrancou melhor e viu Joel atirar uma bola ao poste a passe de Danny, mas depois foi quase sempre uma equipa previ- sível e até complicativa, lateralizando em demasia o seu jogo e servindo mal o avançado camaronês. Os açorianos tomaram conta do meio-campo, bloqueando o adversário e aproveitando os espaços entrelinhas que este ia deixando, mas não foram letais. No futebol conta mesmo a bola dentro da baliza e os madeirenses acabaram por ser mais eficazes, depois de uma segunda parte de maior domínio. *