Record (Portugal)

ANDRÉ SILVA VESTIU-SE DE ROMÁRIO

Fez bailar o Sevilha com um hat trick na estreia na Liga, imitando a proeza do Baixinho em 1993

- NUNO POMBO

André, André e mais André!!! O internacio­nal português emprestado pelo Milan ao Sevilha viveu ontem um conto de fadas. Ao contrário da Cinderela, que calçava um sapatinho de cristal, André Silva recorreu às suas botas em pele para castigar o Rayo Vallecano com um hat trick, sendo decisivo para a goleada (4-1) da equipa de Pablo Machín . Uma estreia verdadeira­mente de sonho na Liga que deu a volta a uma Espanha ainda a carpir mágoas por causa da deserção de Cristiano.

Ora, André Silva vestiu mesmo a fatiota habitualme­nte utilizada por Ronaldo, a do mortífero matador, assinando o hat trick entre o minuto 31 e o 79. A lição teve então início, aos 31’, na sequência de um cruzamento de Escudero na esquerda. Já perto da pequena área, o avançado luso ajeitou a bola com o pé direito e rematou com o esquerdo para o fundo da baliza. Voltou a faturar, aos 45’+1, após um canto no lado direito. A bola foi colocada na zona do ‘barulho’ e André Silva finalizou com um espetacula­r vólei alto com o pé direito. Fabuloso! A atuação terminou com uma conclusão na cara do guarda-redes, aos 79’. E este golo ficará para sempre na história da Liga, pois foi o primeiro a ser validado após o recurso ao VAR. O português estava em jogo ao contrário do que Mateu Lahoz julgava.

LUSO FICARÁ PARA SEMPRE NA HISTÓRIA DA PROVA POR TER SIDO O PRIMEIRO A VER UM GOLO SER VALIDADO PELO VAR

Valeu a correção levada a cabo pelo VAR!

André Silva vestiu-se de Ronaldo, mas também de Romário. O Baixinho havia sido o último jogador a estrear-se na Liga com um hat trick. A façanha tinha sido alcançada em 1993, ou seja, já tinha barbas! O ‘12’ tornou-se ainda o quarto jogador da história do Sevi- lha a marcar 3 golos na primeira vez em que envergou aquela prestigiad­a camisola no campeonato, juntando-se a Palencia (1935), Arza (1943) e Martín Pérez (1984). O internacio­nal português levou naturalmen­te a bola do jogo para casa, mas talvez o seu melhor presente tenha sido a forma como os companheir­os o felicitara­m e o elogio de Pablo Machín. “Quando falei com o André prometi-lhe que se trabalhass­e teria ocasiões de golo. Fiquei satisfeito, sobretudo com o trabalho e o querer por ele demonstrad­os”, afirmou o treinador do Sevilha. *

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MIDAS. André Silva transformo­u em golos tudo aquilo em que tocou

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