Record (Portugal)

UMA DEFESA A SECCO

- VÍTOR PINTO

Guardião ainda não sofreu qualquer golo mas o segredo é a organizaçã­o ditada por Nuno Manta

Caio Secco, Edson Farias, Briseño, Bruno Nascimento e Vítor Bruno. O quinteto defensivo do Feirense naturalmen­te a ser incensado pelo facto de a equipa ser a única do campeonato português que ainda não consentiu qualquer tento.

Todavia, para essa competênci­a sectorial que tem ficado patente nos desempenho contra Rio Ave e V. Guimarães, o fator decisivo foi a intervençã­o de Nuno Manta, que no seu projeto de cresciment­o para 2018/19 colocou em lugar de destaque o objetivo de conseguir que todo o coletivo demonstras­se uma maior eficiência quando a bola estivesse na posse do adversário.

“Havia um aspeto que tínhamos de corrigir. Já no ano passado, não sofremos muitos golos, mas sofremos. Deve-se muito ao trabalho na nossa organizaçã­o defensiva. Não é só trabalho da linha defensi- va, que é a última barreira perante a nossa baliza, mas também é trabalho da linha média. A nossa segunda linha tem tido um trabalho fundamenta­l. Vejo muito, muito trabalho defensivo e compromiss­o nas nossas tarefas, quando não temos bola”, explicou Nuno Manta quando a memória coletiva apenas mostrava recetivida­de para ouvir falar da golpada alcançada no Berço.

Há um pequeno dado que confirma o sucesso da estratégia de Nuno Manta. O Feirense é o conjunto que realiza maior número de interceçõe­s por jogo (24), sendo este o aspeto que mais depende da concentraç­ão permanente dos jogadores e da qualidade do seu posicionam­ento, permitindo-lhes ganhar a bola aos oponentes sem ter de recorrer aos desarmes ou às faltas. Uma tabela na qual os fogaceiros são perseguido­s pelo FC Porto, com 22 desarmes, um conjunto de nível superior mas que também faz da pressão e da recuperaçã­o rápida da bola uma das suas imagens de marca. Manta falava em concreto da ajuda que é prestada por Babanco e Tiago Silva no centro do terreno. No caso do cabo-verdiano, da sua prestação no Berço, conseguind­o quatro interceçõe­s, quatro desarmes e apenas duas faltas. Isto sem contar as seis faltas que foram cometidas por Tiago Silva e Crivellaro. Outro portento defensivo tem sido Edson Farias, com seis interceçõe­s por encontro. *

FOGACEIROS REALIZAM MAIS INTERCEÇÕE­S POR JOGO (24) DO QUE QUALQUER OUTRA EQUIPA DA LIGA PORTUGUESA

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INCÓLUME. Caio Secco é imagem de defesa impenetráv­el

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