JOÃO SOUSA NA 3ª R0NDA
DEFRONTA LUCAS POUILLE
PORTUGUÊS SOMA 90 PONTOS ATP E 134 MIL EUROS – O MAIOR PRIZE MONEY DE SEMPRE NO TÉNIS PORTUGUÊS
Como tantas vezes tem acontecido ao longo da sua carreira, João Sousa voltou ontem a fazer história para o ténis português. O vimaranense de 29 anos, atualmente no 68º posto ATP, alcançou a melhor vitória de sempre de um tenista luso em torneios do Grand Slam (quadro masculino), ao superar o espanhol Pablo Carreño Busta, 12º do ranking e semifinalista em 2017, rumo à 3ª ronda do US Open, em Nova Iorque. Numa grande batalha entre dois amigos – e muitas vezes parceiros de pares – Sousa já liderava por 4-6, 6-3, 5-7, 6-2, 2-0 (e 40-15), ao fim de 3h11, quando o espanhol deitou a ‘toalha ao chão’ com aparentes dores na virilha esquerda, depois de já ter revelado algumas dificuldades de movimentação durante a quarta partida. Enquanto o encontro durou, João Sousa jogou muito perto do seu melhor, fazendo esquecer o período de sete derrotas seguidas que atravessou durante dois meses, entre finais de junho... e a primeira ronda do US Open. Confiante, dominador com o serviço e a direita, o minhoto pareceu sempre em condições de discutir o resultado, tendo até aparentado mais estar mais presente fisicamente do que o tenista de Gijón, que até tem no seu físico uma das principais qualidades do seu jogo. Sousa até poderia ter arrumado o encontro mais cedo, caso tivesse aproveitado algumas das chances que teve no 3º set, mas acabou por confirmar o seu ascendente físico numa vitória... por ‘KO’.
Vem aí... Pouille
Amanhã, João Sousa vai em busca de mais história e de tentar tornar-se no primeiro português da história – homem ou mulher – a chegar aos oitavos-de-final de um Grand Slam em singulares: o vimaranense defronta o francês Lucas Pouille, ex-top 10 (em março) e atual 17º, que na 2ª ronda bateu Marcos Baghdatis, outro antigo top 10, por 6-7(4), 6-4, 6-4 e 6-3. O português comanda o confronto direto por 1-0, mas o único duelo foi num Challenger (Todi 2013). Sousa ‘falhou’ todas as cinco tentativas de se tentar qualificar para a segunda semana de Major: US Open 2013 (Novak Djokovic), Austrália 2015 (Andy Murray), Austrália 2016 (Andy Murray), Wimbledon 2016 (Jiri Vesely) e US Open 2016 (Grigor Dimitrov). Para já, João tem garantidos 90 pontos para o ranking ATP – que o farão reentrar no top 60 mundial – e ainda 134 mil euros, o maior prize money da sua carreira (e do ténis nacional), cerca de o dobro daquilo que ganhou em maio no Estoril Open, em que foi... campeão.