Record (Portugal)

“Todos os treinadore­s querem mais”

SÉRGIO CONCEIÇÃO E O FECHO DE MERCADO DANILO, CORONA E BRAHIMI FAZEM TESTE HOJE DE MANHÃ

- RUI SOUSA SÉRGIO CONCEIÇÃO

O fecho do mercado trouxe mais dois reforços para Sérgio Conceição e com eles a convicção de que, independen­temente dos nomes, o mais importante é ver o que farão no treino e em jogo para ajudar a equipa. Serve para Jorge, Bazoer e todos os outros que chegaram neste verão. O técnico, de 43 anos, não revelou taxativame­nte se as caras novas preenchera­m todas as lacunas que existiam no plantel, lembrou, isso sim, que os clubes portuguese­s não têm capacidade financeira para contratar craques de nível mundial, recorrendo até a uma brincadeir­a de Pinto da Costa para justificar a sua reflexão.

“No dia da minha apresentaç­ão, o presidente teve uma piada gira, disse que estávamos à espera do Ronaldo e do Messi. Todos os treinadore­s querem sempre mais e anseiam por jogadores que, em Portugal, não temos capacidade para os ter. Jogadores que, no fundo, cheguem e entrem de caras na equipa, que sejam verdadeira­mente mais-valias. Estas são mais-valias dentro daquilo que são as soluções possíveis, em todo o lado é assim, pelo que o importante é ver se depois são mais-valias ou não, mediante o trabalho que vão fazer aqui diariament­e”, destacou Conceição, não atribuindo especial importânci­a ao fator contabilís­tico. “Ainda hoje vi nos jornais todos a diferença entre o ganho e a despesa, isso é muito para embelezar, para contar filmes, porque o que conta é ali dentro nos treinos e aquilo que fazem ao fim de semana. Um jogador que por acaso vem da equipa B pode chegar ao final da época muito valorizado e outra aquisição da qual esperávamo­s mais pode não correspond­er. O futebol jogado é que conta e é disso que estou a falar”, vincou uma vez mais.

Joias no cofre

Tão ou mais importante do que contratar reforços foi manter as principais joias do plantel, depois das saídas de Iván Marcano e Ricardo Pereira. Nesse sentido, Sérgio Conceição não escondeu a sua satisfação, até porque conseguiu manter Herrera, Brahimi, Marega e Alex Telles, peças fundamenta­is na conquista do título. “A estabilida­de emocional dos jogadores é importante, há sempre muita gente que gravita perto deles, as notícias, os empresário­s, as próprias famílias, há sempre alguma intranquil­idade. Para mim, como para todos os treinadore­s do nosso campeonato, que não temos o tal poder, a tal capacidade financeira para comprar, estamos mais preparados para perder. Para nós, treinadore­s portuguese­s, o fecho do mercado é um alívio, sem dúvida alguma”, apontou o técnico dos dragões, que a partir deste momento só terá de se preocupar com a preparação da equipa para as diversas frentes de batalha. *

“O IMPORTANTE É VER SE DEPOIS SÃO MAIS-VALIAS OU NÃO, MEDIANTE O TRABALHO QUE VÃO FAZER AQUI” “A ESTABILIDA­DE EMOCIONAL DOS JOGADORES É IMPORTANTE, HÁ SEMPRE MUITA GENTE QUE GRAVITA PERTO DELES” “PARA NÓS, TREINADORE­S PORTUGUESE­S, O FECHO DO MERCADO É UM ALÍVIO, SEM DÚVIDA ALGUMA”

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