LEÃO MORDE CEDO
Viseu 2001 mostrou algum excesso de respeito e o Sporting aproveitou na 1.ª parte
Quando Pany Varela, Erick, André Sousa (o guarda-redes, imagine-se…), Cardinal e Cavinato fizeram cinco golos noutros tantos minutos, o resultado disparou e empolgou os sportinguistas. Do outro lado, os viseenses pareceram atemorizados e pairou no ar a ideia de ser um resultado embaraçoso para os anfitriões. Pura ilusão. O Sporting ainda fechou a 1ª parte a vencer por 6-1, mas o intervalo fez bem à equipa de Paulo Fernandes, um treinador experiente e sagaz na hora de chamar os seus jogadores à razão. O respeito pelo tricampeão nacional não podia significar vassalagem ao leão. A mensagem passou de tal forma que a história do encontro foi totalmente diferente, ainda que os créditos se dividam entre o mérito da equipa de Paulo Fernandes e algum demérito dos leões de Nuno Dias.
Apesar da meia dúzia de golos na primeira parte, os leões nem entra-
LEÕES APROVEITARAM O NERVOSISMO DO VISEU 2001 NA PRIMEIRA PARTE. NA SEGUNDA, ESTIVERAM IRRECONHECÍVEIS...
ram assim tão bem na partida, forçando o técnico Nuno Dias a alterar os quatro jogadores de campo para abrir a contagem, o que aconteceu já com Erick, Cary, Rocha e Pany Varela na quadra.
Quando os viseenses regressaram do balneário para o segundo
tempo, a partida mudou. Mais do que a evidente falta de concentração dos leões, foi a garra dos recém-promovidos à Liga SportZone que se evidenciou. É verdade que a reação só deu para o (bom) golo do capitão Nuças, mas o que prevalece é a boa imagem deixada pelos viseenses frente a um dos mais sérios candidatos ao título.
No final, João Matos reconheceu que a equipa chegou a perder o foco. “Perdemos confiança e deixámos o Viseu 2001 equilibrar o jogo. Tivemos algum cansaço, num jogo típico de pré-temporada”, referiu o capitão do Sporting. Já Nuças, homólogo do Viseu 2001, admitiu o excesso de respeito perante o Sporting. “Respeitámo-los em demasia, mas é normal pois são os tricampeões”, confessou. *