Record (Portugal)

José Correia nasceu na Guiné-Bissau e, aos 21 anos, já passou por Sporting, Inter, Tondela, Marbella, Catania e Olhanense. Na Argentina, Record falou com o jovem extremo que aguarda ainda a estreia pelo Newell’s, onde começou... Messi

- ALEJANDRO PANFIL ROSARIO. ARGENTINA

Porque é conhecido como Zé Turbo? Na Argentina todos ficaram surpreendi­dos com essa alcunha!...

ZÉ TURBO - Muita gente pensa que é porque sou rápido ou leve, mas não tem nada a ver com isso. Quando nasci, eu era muito gordo e pesava quase 5 kg. Por isso, a minha irmã chegou ao hospital e disse: ‘Oh minha mãe, pensei que você trazia uma criança, mas trouxe um turbo!’ Essa é a verdade.

E porque escolheu Rosário? ZT - Bem, antes de mais, quem tem acompanhad­o a minha curta carreira sabe que os últimos anos não me correram bem. Estou a tentar afirmar-me e têm sido empréstimo­s sucessivos para todo o lado. E quando apareceu esta oportunida­de senti que precisava de uma coisa diferente. Há certos momentos em que começas a duvidar e a pensar porque as coisas não correm como queremos. Não queria começar a duvidar do meu potencial. Precisava de me afastar um pouco, ir para mais longe e focar-me totalmente no futebol. Na Europa já estava a começar a pensar que não dava, mas tenho só 21 anos! Vim para cá e não me arrependo. O clube mostrou muito interesse e o que já passei aqui é incrível. As pessoas vivem o futebol de maneira muito apaixonada. Muitas pessoas me disseram: ‘O que vais fazer para lá?’ Mas quando cheguei aqui não me arrependi. Estou feliz.

Antes de assinar pelo Newell’s, sabia ahistória do clube de Marcelo Bielsa ou Tata Martino, e onde jogou também Maradona?

ZT - Os jogadores que passaram por aqui foram incríveis e este clube tem uma história muito importante. Para mim é uma honra e quando vestir a camisola tenho que me lembrar disso e dar tudo pelo clube. Este é um clube que muitas pessoas na Europa não sabem quão grande é.

O que pensa quando ouve que o futebol argentino está muito abaixo do futebol europeu?

ZT - Aqui a intensidad­e é sempre alta. A única diferença que notei é na parte táctica. Na Europa é mais evoluído, mas aqui a intensidad­e não pára. Os jogos são muito intensos, com mais força. Aqui vivem o futebol de outra maneira e podemos senti-lo em campo. A competição é muito exigente e eu estou a aprender muito. Acho que aprendi muitas coisas nos últimos anos e, como homem, estou agora mais preparado para enfrentar o que poderá surgir. As experiênci­as que já passei neste curto tempo foram importante­s. Hoje sinto-me muito mais jogador.

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